terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O papel da mídia na denúncia de maus tratos a animais

FOTO POR INAÊ TELES - PORTAL G1 PARAÍBA


Por Mabel Dias

Nas últimas semanas, me deparei nas redes sociais e na mídia com várias notícias de maus tratos a animais pelo Brasil. Faz um bom tempo que assistindo um destes programas matinais, sou despertada com a informação de que “um ser humano” jogou pelo carro, em um viaduto, na cidade do Rio de Janeiro, dois cachorros. A sorte destes animalzinhos, é que em outro carro que vinha atrás deste, havia uma garota protetora de animais que acolheu os bichinhos. Os dois foram adotados.
Na mesma semana, Cláudio César Messias, arrastou seu cachorro, um rotwelleir, chamado Lobo, pelas ruas de Piracicaba, interior de São Paulo. Ele amarrou o indefeso animal na traseira de uma picape, com uma corda, e o arrastou por aproximadamente 1 km, e ainda deu ré com o carro para passar com as rodas em cima do cão!!!
À polícia, Cláudio César disse que transportava o animal na caçamba do veículo e que tudo não passou de um acidente. Porém, duas testemunhas contaram à polícia que Messias disse que queria matá-lo. Infelizmente, poucos dias depois do ocorrido, Lobo veio a falecer devido a complicações em seu quadro clínico.

Como se não bastasse estas duas barbaridades, em João Pessoa, um funcionário público saiu arrastando um cachorro pelas ruas de Jaguaribe, e ainda tinha colocado um saco plástico encobrindo a cabeça do animal. Por sorte, um rapaz que passava no local gravou a cena e postou na internet, sendo veiculada logo em seguida em um telejornal local. O caso ganhou grande repercussão, sendo inclusive transmitido pelo Jornal Nacional. O cãozinho, que recebeu o nome de Lino,(foto) foi levado por protetoras dos direitos dos animais para uma clínica veterinária, recebeu todos os cuidados de que precisava e hoje foi adotado por uma senhora.

Mas a violência contra os animais não para por aí. Na cidade de Guarulhos, também em São Paulo, no último domingo, 11, outro cachorro foi arrastado por um carro por cerca de 500 metros. Pessoas que viram a cena avisaram a polícia que conseguiu resgatar o cachorro, que recebeu o nome de George, em homenagem a George Harrison, dos Beatles.

Infelizmente, fatos como este não são raros. A questão é que esta violência contra os animais acontece diariamente, seja nas ruas ou dentro de casa mesmo, provocada pelos próprios/as donas/os dos animais. E não são apenas cachorros que a sofrem. Gatos, pássaros, hâmsters, e outros bichos estão expostos a ela. O tráfico de animais também é algo corriqueiro.

Nestes casos que relatei acima a mídia e as redes sociais exerceram um papel muito importante ao noticiar amplamente o que “estes seres humanos” fizeram. A legislação de proteção aos animais é muito branda e prevê apenas o pagamento de uma multa de R$ 1.500 reais para estes crimes, e o agressor fica solto. Foi o que aconteceu com este caso de Guarulhos. Logo após a morte de Lobo, alguns ativistas, publicaram um abaixo assinado na internet para exigir que a punição para quem violenta ou mata animais seja mais rígida. Além destas violências diretas, existem aquelas em que o cachorro que machuque alguma pessoa seja sacrificado (morto) por causa disto. Na maioria destes casos, a responsabilidade é do dono/a do animal, pois eles são treinados/as para ser agressivos e por isto acabam atacando as pessoas. Mas quem paga a pena, e com a vida, são os animais. O abaixo assinado pedindo o fim da impunidade para quem agride animais ainda está on line neste endereço: http://peticaopublica.com.br/?pi=P2011N16665

É um gesto simples, mas que pode fazer diferença. Ainda bem que do outro lado de tanta barbárie, existem grupos e pessoas que amam os animais e os defendem de qualquer maldade. E assim, vão proporcionando alegrias a eles e a outros SERES HUMANOS.

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