tag:blogger.com,1999:blog-77497350034840295702024-03-12T20:29:42.015-07:00Senhora das Palavras"Enquanto existir perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever" - Clarice LispectorMabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.comBlogger181125tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-9866089338542399532012-08-21T08:01:00.000-07:002012-08-21T08:01:08.711-07:00Aborto seguro: um direito das mulheres? Por Nilcéia Freire<br />
<br />
A discussão sobre o aborto no país e a primazia das mulheres em tomarem a
decisão sobre sua realização foi, desde sempre, revestida de grande
simbolismo posto que confronta a sociedade com temas "intocáveis", como o
início da vida humana e a "propriedade" sobre os corpos femininos.<br /><br />Nos
últimos anos e, especialmente a partir da I e da II Conferências
Nacionais de Políticas para as Mulheres, o tratamento do tema ganhou
novos contornos. A aprovação da resolução que demandava ao governo
brasileiro iniciativas que viessem a rever, no sentido
descriminalizante, a legislação brasileira, inseriu a questão do aborto
no campo de discussão das políticas públicas, mais especificamente, no
âmbito da saúde pública.<br /><br />Por outro lado, vale registrar que no
Brasil, seguindo uma tendência mundial, houve no mesmo período um
acentuado crescimento e/ou explicitação de posições conservadoras quanto
ao tema, por parte de diferentes grupamentos religiosos que ampliaram sua força política no Congresso Nacional.<br /><br />Na
sociedade brasileira, apesar da legislação restritiva e criminalizante,
a prática clandestina do aborto ocorre em escala que coloca em risco a
vida de milhares de mulheres, sobretudo nos extratos de renda mais
baixos da população, configurando-se, desta maneira, como a quarta causa
de morte materna no Brasil.<br /><br />Estima-se que, em 2005 (1), para
cada 100 nascidos vivos ocorreram 30 abortos realizados em condições
inseguras e precárias. Em termos de mortalidade materna, se
aprofundarmos as estatísticas, considerando os aspectos socioeconômicos,
verificamos que as maiores vítimas são mulheres negras e pobres. A
desagregação dos dados em relação ao quesito raça e cor elucida parte da
desigualdade étnico-social entre as brasileiras: das mortes maternas
causadas pelo aborto em 2004, aproximadamente 9% eram mulheres brancas e
20% eram negras (2).<br /><br />Em 2009, foi apresentado um estudo financiado pelo Ministério da Saúde, "20 anos de
pesquisa sobre o aborto no Brasil", coordenado por Débora Diniz e
Marilena Corrêa, em que se revela o perfil das mulheres que realizam o
aborto no Brasil, concluindo-se que são, predominantemente, mulheres
entre 20 e 29 anos, em união estável, com até oito anos de estudo,
trabalhadoras e católicas. Os resultados da pesquisa põem por terra o
estereótipo de que somente mulheres "irresponsáveis" e "inconsequentes"
recorrem ao aborto como solução para o problema da gravidez indesejada e
o reposiciona como opção, via de regra difícil, de mulheres e, porque
não dizer, de homens, que por diferentes razões vivenciam essa
contingência de vida.<br /><br />Independentemente das condições econômicas,
sociais, de escolaridade, entre outras, em que se encontram essas
mulheres, a criminalização da prática do aborto as iguala sonegando-lhes
o direito à saúde e impondo-lhes as consequências no campo
psíquico e social de uma gravidez não desejada.<br /><br />As mulheres que
recorrem ao aborto inseguro ou clandestino ficam expostas ao risco dos
agravos a sua saúde e até a morte, além do sofrimento moral de um
processo judicial que pode levar à condenação. O caso das dez mil
mulheres de Mato Grosso do Sul é exemplar no sentido de demonstrar as
possíveis consequências de uma legislação tão anacrônica quanto injusta.<br /><br />Ao
avaliar o VI Relatório Nacional Brasileiro, o Comitê de Eliminação da
Discriminação contra Mulheres das Nações Unidas, recomendou, juntamente
com outras medidas, que o país proceda à revisão da legislação, com
vistas à descriminalização do aborto, e que prossiga com seus esforços
para aumentar o acesso das mulheres à assistência à saúde, em particular
aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, o que inclui a assistência
aos casos e às complicações decorrentes de abortos não seguros. Tal
recomendação se
fundamenta nos dados sobre morte materna em consequência de abortamento
inseguro.<br /><br />As recomendações do Comitê revalidam e reforçam os
compromissos assumidos pelo país em diferentes instrumentos
internacionais, por meio dos quais se reconhece que a exposição aos
riscos de um abortamento inseguro implica em violação dos direitos
humanos de meninas e mulheres, a exemplo da Declaração de Viena, de
1993, e que direitos sexuais e reprodutivos são direitos humanos,
conforme a definição resultante da IV Conferência Mundial sobre a
Mulher, em Pequim, em 1995. O compromisso do Estado brasileiro expresso
nesses instrumentos é claro no sentido da abordagem do aborto como
problema de saúde pública e da necessidade de rever a legislação
restritiva e punitiva sobre o tema.<br /><br />Urge, portanto, aprofundar o
debate entre nós com a delicadeza que o assunto merece e com a
consciência da polêmica que desperta. Sendo partícipe da Convenção sobre
a Elimi
nação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, o Estado
brasileiro deve garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres
brasileiras através da discussão livre e informada.<br /><br />Para isso, é
imprescindível superar os paradigmas estigmatizantes do machismo e do
sexismo que obstaculizam a verdadeira promoção da igualdade entre homens
e mulheres e avançar rumo a uma sociedade garantidora da totalidade dos
direitos humanos.<br /><br />Urge enfrentar o debate sobre o aborto com a
consciência da proporção de seus impactos na vida das mulheres. E aqui,
cabe lembrar o julgamento da Ação de Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental nº 54 sobre a interrupção de gestações de fetos
anencéfalos que, felizmente, teve parecer favorável do Supremo Tribunal
Federal.<br /><br />Ainda que delicada e difícil a discussão sobre o tema, o
aborto está, mais do que nunca, em pauta e à sociedade brasileira, e em
especial às mulheres, cabe decidir sobre qual devem ser os próximos passos.<br /><strong><br />Nilcéa
Freire é médica e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ). Foi ministra da Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres da Presidência da República (2004-2010).</strong> <strong>Texto publicado na edição de abril/junho 2012 da Revista Ciência e Cultura. </strong><br />
<strong><br /></strong>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br /><br />1. Adesse, L.; Monteiro, M.F.G.. In: Ipas Brasil. Disponível em: <a href="http://www.ipas.org.br/arquivos/factsh_mag.pdf" rel="nofollow" target="_blank">http://www.ipas.org.br/arquivos/factsh_mag.pdf</a> (acesso em 2/2/10)<br /><br />2.
Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.
Painel de Indicadores do SUS. Vol.1, 2008. Disponível em: <a href="http://portal.saude.gov.br/portal/" rel="nofollow" target="_blank">http://portal.saude.gov.br/portal/</a> arquivos/pdf/painel_%20indicadores_do_SUS.pdf (acesso em 2/2/10). Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-50611951091243929432012-08-20T16:54:00.003-07:002012-08-20T16:54:56.314-07:00Feministas autônomas enviam carta a Ministra das Mulheres pedindo libertação das Pussy Riot<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVEGs3SUeIWRzYPzco5YGM6uHrF1iZ25Pa8gjWGSIxQbBYBEokUutSV_vEy4clMRgLKY1I056MzEjlKMofDXOhmZmWdK8JjyM5N4TVcrfdLKN4BiQ_FpPvSn2L6-9Vzb4-S5gsAncYxNU/s1600/pussy+riot.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVEGs3SUeIWRzYPzco5YGM6uHrF1iZ25Pa8gjWGSIxQbBYBEokUutSV_vEy4clMRgLKY1I056MzEjlKMofDXOhmZmWdK8JjyM5N4TVcrfdLKN4BiQ_FpPvSn2L6-9Vzb4-S5gsAncYxNU/s320/pussy+riot.jpg" width="320" /></a></div>
<h6 class="yiv194067668uiStreamMessage">
<span style="font-size: medium;"><span class="yiv194067668messageBody"><span class="yiv194067668userContent"><br /> Cara Ministra Eleonora Menicucci<br /> <br />
Nós, feministas e mulheres ativistas de diversos movimentos sociais,
vimos `a presença da Ministra cientes da importância histórica com que
se apresenta o episódio da condenação das três feministas russas
integrantes do grupo Pussy Riot.<br /> <br /> Entendemos que foram
condenadas por terem denunciado, em sua performance política e
artística, a aliança de poder entre o presidente e o patriarca da igreja
ortodoxa russa, uma aliança cujo poder se reafirmou com violência na
pena de dois anos em um campo de trabalho "corretivo".<br /> <br /> Sabemos o
que representam para as mulheres as alianças entre estes dois tipo de
poder, o Estatal e o Religioso, particularmente para nós ativistas
políticas. Não por acaso durante o processo surgiram afirmações por
parte da acusação do tipo "o feminismo é um pecado mortal" e alusões ao
estado de "possessão" das artistas/ativistas. A descaracterização de ato
como ato político e o foco na "blasfêmia" foi o eixo mais marcante das
justificações para a arbitrária condenação.<br /> <br /> Afirmamos, senhora
Ministra, que esse tipo de criminalização do agir político com
argumentos religiosos não é um fato isolado dentro do contexto
internacional, considerando o crescente protagonismo de todos os tipos
de fundamentalismos, inclusive entre nós.<br /> <br /> Reiteramos a nossa repulsa e nossa resistência a essas práticas.<br /> <br />
Convocamos, por isso, a Ministra Menicucci, cuja trajetória de vida,
marcada pelo totalitarismo e pela violência de Estado, a fazer gestões
junto ao governo, para que o Brasil se posicione nos foruns da ONU no
sentido de instar o governo russo a suspender a condenação, oferecendo
`a opinião internacional um gesto de retorno ao respeito das liberdades
democráticas.<br /> <br /> Temos certeza de que a Ministra contará com o
firme apoio da Senhora Presidenta Dilma Roussef, igualmente condenada
por suas idéias e sua luta por igualdade e justiça.<br /> <br /> Certas do seu comprometimento com nossas demandas<br /> <br /> Subscrevemo-nos atenciosamente,</span></span></span></h6>
<h6 class="yiv194067668uiStreamMessage">
<span style="font-size: medium;"><span class="yiv194067668messageBody"><span class="yiv194067668userContent">Carta para a Ministra Eleonora Menicucci<br /> <span style="color: #993399;">se apoiar mande para suas redes e encaminhe para a SPM</span><br style="color: #993399;" />
<span style="color: #993399;"> <a href="mailto:spmulheres@spmulheres.gov.br" rel="nofollow" target="_blank">spmulheres@spmulheres.gov.br</a> </span></span></span></span></h6>
<h6 class="yiv194067668uiStreamMessage">
<span style="font-size: medium;"><span class="yiv194067668messageBody"><span class="yiv194067668userContent"> </span></span></span></h6>
<br />Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-33883203408284133962012-07-01T13:13:00.002-07:002012-07-01T13:13:46.783-07:00Mapa da violência revela aumento da violência contra a mulher no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15pt; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">A cada
duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil e os crimes acontecem dentro de
casa. É o que revela o Mapa da Violência 2012, documento elaborado pelo
Instituto Sangari, publicado em abril deste ano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Mapa
traz um panorama referente aos homicídios ocorridos no Brasil em 2010, e traz
um Caderno Complementar 1, sobre Homicídios de Mulheres no Brasil. O autor do
mapeamento, Julio Jacobo Waiselfisz declara que "São poucas as informações
sobre o tema que encontramos disponíveis ou que circulam em âmbito nacional.
Dada a relevância da questão, julgamos oportuno elaborar um estudo específico e
divulgá-lo separadamente.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os dados
que balizaram o estudo Sangari, não dispõem de dados de gênero que possam
evidenciar o caráter desses crimes como crimes de gênero. Mas, nos estudos
sobre violência já existe um consenso quanto ao fato que a violência tem um
caráter de gênero e nos estudos sobre assassinatos de mulheres mais de 90%
ocorrem por questão de gênero, são feminicídios.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A fonte dos dados que fundamentaram o
mapeamento foi o Sistema de Informações de Mortalidade – SIM – da Secretaria de
Vigilância em Saúde – SVS – do Ministério da Saúde – MS, que fornece dados
relativos à idade, sexo, estado civil, profissão e local de residência da
vítima e da ocorrência da morte. A causa da morte se baseia na indicação de
mortes por agressão de terceiros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apresentando
uma perspectiva histórica dos homicídios, o relatório revela que entre 1980 e
2010 foram assassinadas aproximadamente <b>91 mil mulheres</b> no país,
passando de 1.353 para 4.297 mortes, um aumento de 217,6% nas mulheres vítimas
de assassinato, sendo 43,5 mil só na última década (2000 – 2010). A taxa desses
assassinatos para cada grupo de 100 mil mulheres passou de 2,3 em 1980, para
4,4 em 2010. Isso representa uma média de 4.350 mulheres assassinadas por ano,
362,5 por mês, 12,1 por dia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse
estudo identifica o ano de 1996 como um corte de aumento, quando o número
desses crimes duplicou, permanecendo até o momento nos mesmos patamares. O Mapa
ressalta que, em 2007, ano seguinte à criação da Lei Maria da Penha (2006), de
combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, houve uma pequena
redução que levou essa taxa para 3,9, mas retomando imediatamente os níveis
anteriores. Com base nos dados de 2010, as armas utilizadas nesses crimes foram
em 53% dos casos armas de fogo e o restante é representado por objetos
cortantes e perfurantes (26%), contundentes (8,3) e estrangulamento ou sufocação
(6,2) e outros meios (5,5). A residência foi apontada em 40% das ocorrências
como o local em que as mulheres foram assassinadas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em termos
absolutos São Paulo registrou o maior número, 663 assassinatos de mulheres e
Roraima o menor com 11 casos. Por cada 100 mil mulheres, a maior proporção foi
encontrada em Espírito Santo, 9,4 e a menor no Piauí com 2,6. O estado do Ceará
teve 165 mulheres assassinadas naquele ano, ocupando o 17º lugar, com taxa de
3,7 e em termos absolutos ficou na décima posição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O estudo
observa a frequência dos crimes nas capitais, e em termos relativos: Porto
Velho ficou com a maior taxa por 100 mil, 12,4, e Brasília a menor, 1,7; em
números absolutos a primeira posição ficou com São Paulo com 153 crimes contra
mulheres e Fortaleza com 68, ficou na sétima posição. O mapa apresenta esses
crimes por município, tendo considerado apenas aqueles com população feminina
acima de 26.000, o que corresponde a 578 municípios.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Observando
a idade das vitimas, 28% tem idade entre 15 e 59 anos, sendo a faixa etária de
maior incidência, a de 20 a 29 anos com 7,7%, representando 1.331 crimes para o
ano de 2010.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os
feminicídios têm desafiado movimentos feministas e governos comprometidos com a
garantia dos direitos das mulheres à vida, e a uma vida sem violência. Esse
pode ser, no momento, o centro da questão dos direitos humanos das mulheres,
tema definitivamente consolidado na agenda política internacional.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Os
Estados que se comprometem com a adoção de políticas públicas e medidas
adequadas e apropriadas para assegurar os direitos humanos das mulheres devem
incluir em suas ações a implementação de sistemas de informações eficientes
para investigar as condições desses crimes. No Brasil, como em diversos países
do continente latino americano, esses estudos não estão sendo realizados pelo
Estado. Mas, combater e punir requer conhecer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na medida
em que nos adentramos na investigação sobre as mortes violentas de mulheres,
especialmente àquelas decorrentes de conflitos amorosos ou sexuais percebemos
novas dimensões que desafiam o conhecimento. Embora sejam assassinatos quase
sempre cometidos por maridos, ex-maridos, namorados e ex-namorados, decorrentes
de situações de rupturas do relacionamento ou de ciúme, ocorrem outras
modalidades também em circunstancias de gênero, além de vitimarem outras
pessoas como filhos, parentes e amigos das mulheres que estão na mira da
violência. É urgente a criação de um sistema de informação nacional sobre
feminicídio no Brasil, para fundamentar a reflexão de sua tipificação penal
neste momento em que se discute um novo Código Penal Brasileiro. Discussão que
já está na pauta de quase todos os países da América Latina e do Caribe.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O feminicídio
deve ser tipificado como crime hediondo, decorrente de motivações de gênero,
triplamente qualificado como fútil, traiçoeiro e cultural, sem direito a fiança
e nem recurso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com
informações do jornalista Daniel Fonseca</span><span style="color: #888888; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #888888; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">--</span></div>Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-11058944465441942692012-06-27T06:11:00.000-07:002012-07-01T13:12:09.003-07:00Feministas lançam carta de repúdio a cobertura da imprensa nos casos de violência contra a mulher<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">CARTA ABERTA À IMPRENSA</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">João Pessoa, 27 de junho de 2012</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Prezados/as,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Vimos, através desta carta, manifestar nosso
repúdio à maneira que a imprensa tem noticiado os casos de violência contra a
mulher no estado da Paraíba, em particular, sobre as imagens utilizadas para
ilustrar as matérias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Não podemos aceitar a maneira que as mulheres estão
sendo expostas pela mídia, o que acreditamos reforçar ainda mais esta violência
a que somos submetidas no dia a dia. Entendemos que tais imagens, com
corpos mutilados, sem roupas, com tarja nos olhos, entre outras, reforçam a
humilhação das vítimas, no que diz respeito aos crimes de caráter machista ou
de violência de gênero, e estimulam ou ao menos recompensam aqueles que os
cometeram. A humilhação da vítima, seja para lavar a honra, seja para obter
prazer (no caso dos estupros) é sim, e não podemos calar quanto a isso, um dos
motivos que levam seus algozes a cometê-los.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">A imprensa também colabora com a ideia de que a
mulher precisa ser "protegida", fazendo com que a sociedade insista na
falsa ideia da fragilidade inerente ao nosso gênero.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Precisamos sim, ser protegidas, mas não por homens
e pelo comportamento "correto", que em muitos textos é reforçado como
uma espécie de redutor da violência contra as mulheres, e sim por leis, igualdade
e justiça. Também pelos veículos de imprensa, que têm que divulgar, sim, a
violência contra a mulher, que vem alcançando índices alarmantes nos últimos
anos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Frisamos: só em 2012, </span><b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">73 mulheres foram mortas na Paraíba</span></b><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">, segundo
dados oficiais divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Mas, lembrando, que a mídia é formadora de opinião,
identidades e valores, e, portanto, deve prezar pela ética, respeito à
dignidade humana, e às leis que regem este país, fazendo valer a sua
responsabilidade social. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Insistimos que não é preciso recorrer à comunicação
do grotesco para informar qualquer fato. Além das imagens, a imprensa da
Paraíba tem produzido textos que reforçam a discriminação contra a população
pobre, principalmente, quando noticiam mortes que supostamente podem estar
relacionadas ao tráfico de drogas, ligando a morte das mulheres ao tráfico e,
subjetivamente, afirmando que “ela deveria morrer, pois significava um problema
para a sociedade”. A apuração dos fatos, ouvir </span><b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">TODOS</span></b><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"> os lados envolvidos nos acontecimentos é
lição básica que aprendemos na universidade e que não podemos esquecer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">No dia em que a professora universitária, Briggída
Lourenço, foi assassinada, alguns veículos de comunicação da Paraíba veicularam
imagens dela morta, deitada de costas no chão de seu apartamento e de </span><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Elizabeth de Lima dos Santos</span><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">, que foi assassinada em Mamanguape. Tais imagens violam a privacidade e a
integridade das vítimas e em nada contribuem para a denúncia da violência
contra a mulher! </span><b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Reforçamos:</span></b><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"> </span><b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">ÉTICA DEVE FAZER PARTE DO FAZER JORNALÍSTICO! A profissão tem um Código
de Ética que deve ser observado e colocado em prática!</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O uso destas imagens viola o artigo 5º, parágrafo
X, da Constituição Federal que diz: “são invioláveis a intimidade, a vida privada,
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação”; e ainda, no mesmo artigo,
parágrafo V: “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além
de indenização por dano material, moral ou à imagem”. Só para citar uma das
diversas legislações brasileiras que preveem responsabilidades aos órgãos que
violarem a imagem da pessoa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Entendemos que qualquer continuidade nessa linha de
jornalismo, que consideramos sensacionalista e ineficaz, além de ferir os
nossos esforços na mudança e conscientização da população acerca dos crimes de
gênero, como uma atitude a ser denunciada e combatida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">ASSINAM:</span></b><span style="color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Marcha das Vadias – PB</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Cunhã – Coletivo Feminista/PB</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Bamidelê – Organização de
Mulheres Negras na Paraíba</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Coletivo Feminista Teimosia/PB</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Ilê Mulher –
Porto Alegre/RS</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Rede de
Mulheres em Comunicação</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Grupo
de Mulheres Negras Nzinga Mbandi/SP</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Associação
de Mulheres Flor de Maio</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Grupo
de Mulheres Negras Saltenses</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Associação
de Mulheres Negras Acotirene</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Associação
de Mulheres de Araras/SP</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Movimento
Pela Saúde dos Povos/PHM Brasil</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Rede
de Mulheres em Articulação na Paraíba</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sandra
Vasconcelos – jornalista</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Frente
Feminista do Levante</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Assembleia
Nacional de Estudantes - Livre (ANEL)</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Letícia Fernandes Resck – atriz e feminista independente</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Centro de Ação
Cultural - CENTRAC</span></b><br />
<br />
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b><br />
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Observatório da Mulher </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Associação
das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande – PB</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Coletivo Feminino Plural </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ELAS POR ELAS - VOZES E AÇÕES DAS MULHERES/SP <br />
<br />
- MCTP - MOVIMENTO NACIONAL CONTRA O TRÁFICO DE PESSOAS/SP</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Fórum Nacional de Mulheres Negras</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">CEN - Coletivo de Entidades
Negras</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sandra Muñoz – feminista</span></b></div>
<div class="yiv1268391198msonormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif";">Eunice
Gutman - Via TV Mulher</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Sulamita Esteliam, jornalista e
escritora </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">blogue A Tal Mineira - Recife-PE</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O
Geledés – Instituto da Mulher Negra </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="color: #1f497d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"> </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras</span></b></div>
<div class="yiv1268391198msonormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Jeanice Dias Ramos,
jornalista, Porto Alegre/ RS</span></b><br />
<br />
<br />
<div class="yiv1268391198msonormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Tatiane Scherrer - Orçamentista
Grafica – Limeira/SP</span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 6; text-align: justify;">
<b><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Terezinha Vicente - Ciranda
Internacional da Comunicação Compartilhada</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 6; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Associação
Cultural e Recreativa ANO AZUL /PB</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 6; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"> Bloco do Universo feminino AS
ANJINHAS /PB</span></b></div>
<div class="yiv1268391198msonormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv1268391198msonormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-59168261570891125462012-06-21T12:26:00.001-07:002012-06-21T12:26:15.238-07:00Os homens que não amavam as mulheres e a Riot Grrrl Lisbeth Salander<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por Mabel Dias</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYZeH8VMjEu_KnD4Qeai1IzpSp110PrYahWN7P5X4omcBDw2HBEakM-Hp385z5AyLQrmR_k7koWQ6Wm5UqJ-_sfNNg5cZ5lni1NDhyphenhyphenYjhZon6dw1xsW8xnbtu9B2-WikFQ59Ht1qiKTZE/s1600/os+homens+que+n%C3%A3o+amavam.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYZeH8VMjEu_KnD4Qeai1IzpSp110PrYahWN7P5X4omcBDw2HBEakM-Hp385z5AyLQrmR_k7koWQ6Wm5UqJ-_sfNNg5cZ5lni1NDhyphenhyphenYjhZon6dw1xsW8xnbtu9B2-WikFQ59Ht1qiKTZE/s1600/os+homens+que+n%C3%A3o+amavam.jpeg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Noomi Rapace </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No começo deste ano, chegou as
telas brasileiras o segundo filme da trilogia Millenium, “Os Homens Que Não
Amavam As Mulheres”, em sua versão americana, dirigida por David Fincher.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A primeira versão da trilogia,
escrita pelo jornalista Stieg Larson, um workaholic nato, foi lançada em 2009,
porém, não traz o mesmo vigor da americana que já na abertura provoca um forte
impacto no espectador. Imagens cibernéticas embaladas pelo som da banda Led
Zeppelin nos fazem entrar, fascinantes, na história do jornalista Mikael
Bloomkvist e da hacker e riot grrrl (porque não?) Lisbeth Salander, que em um
determinado momento se juntam para investigar o desaparecimento da
sobrinha-neta de um empresário sueco. Não haveria melhor pessoa para investigar
o sumiço de Harriet Vanger do que Lisbeth. Além de uma ótima investigadora,
Lisbeth Salander sentia na pele a misoginia e a violência que esta causava às
mulheres. Em pouco tempo que está na investigação, ela já descobre o porquê o
assassino cometia os crimes: ódio às mulheres.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao lado de Bloomkvist, ela vai
desvendando, não apenas o sumiço de Harriet, como também começa a descobrir uma
série de assassinatos de jovens mulheres na época em que os nazistas estavam no
poder. E na Suécia de 1940 os nazistas tocavam o terror, o que não era
diferente em outros países.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de não ser tão dinâmico
quanto o americano, a versão sueca dos “Homens Que Não Amavam As Mulheres”,
dirigida pelo dinamarquês Niels Arden Oplev, também traz uma boa interpretação
da personagem Lisbeth, incorporada pela atriz Noomi Rapace. Na americana, é a
atriz Rooney Mara, que dá vida a riot grrrl e até ganhou o Oscar de melhor
atriz pela sua Lisbeth Salander.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem dúvida, as cenas mais
chocantes de ambos os filmes, são a do estupro que Lisbeth sofre por parte de
seu tutor. É nojento, repugnante! No filme mais recente, além do estupro, ela é
obrigada a fazer sexo oral em seu tutor. Ao invés de denunciar ao Estado a
violência que sofreu, Lisbeth pratica uma ação direta impressionante. Depois de
torturar seu agressor, ela tatua no peito dele a frase “Sou um porco
estuprador”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Seria um recado indireto
para dizer que não acredita no Estado?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A trilogia Millenium que deveria
ter sido uma decalogia não fosse a morte prematura de seu autor, Stieg Larson,
é muito bem escrita e elaborada. As duas versões cinematográficas trazem um
belo roteiro e uma impecável produção. A versão americana traz um novo final
onde o assassino das cinco mulheres judias (diga-se de passagem) é o irmão de
Harriet, Martin Vanger, sobrinho neto de Henrik Vanger, o empresário que
contrata o jornalista Mikael Bloomkvist para encontrar sua sobrinha
desaparecida há 40 anos. E Harriet não está morta, apenas assumiu uma outra
identidade para fugir da violência que era submetida, primeiro pelo seu pai, e
depois da morte dele, pelo seu irmão, Martin.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lisbeth Salander dá o toque
especial aos dois filmes. Pelo seu visual dark/punk quanto por sua inteligência
e anti sociabilidade. Ela não sorri e não quer fazer amigos. Mas se pudermos
conviver mais de perto com Lisbeth, percebe-se que ela é fascinante e
encantadora. Stieg Larson ao criá-la pode desconstruir o estereótipo do visual
punk, apesar de dar-lhe uma personalidade agressiva. O autor do livro
Millenium, que deu origem aos dois filmes, dá dicas do porque do comportamento
anti social da hacker, e tudo parece ter origem na sua adolescência.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Depois de estabelecer um vínculo maior com
seu parceiro de investigação (e em seguida um vinculo amoroso), Lisbeth abre o
jogo e conta que vive sob a tutela do Estado porque aos 12 anos tentou matar o
pai, queimando-o vivo. Mas ela não revela o motivo. Ou não haveria?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt9gTYtWNXUno6I9HY6JMYV3vbj39pZNpdgra1VYTHy-3Piru_ySnzgun1yhquHCw1tY-kxwy1UoQJjQRcGWccC6EfXvM87PCqkP8LnjL2H904u12fNxtyogTqztQ5jfUq_-a7h2jrs1w/s1600/Millenium-lisbeth.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt9gTYtWNXUno6I9HY6JMYV3vbj39pZNpdgra1VYTHy-3Piru_ySnzgun1yhquHCw1tY-kxwy1UoQJjQRcGWccC6EfXvM87PCqkP8LnjL2H904u12fNxtyogTqztQ5jfUq_-a7h2jrs1w/s320/Millenium-lisbeth.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Rooney Mara</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só sei que vale muito a pena
assistir a nova versão de “Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres”, e
assim como a sua edição sueca. Melhor ainda, é conseguir o livro e devorá-lo,
pois com certeza muitas outras histórias serão desvendadas. Não só a da riot
grrl Lisbeth Salander.</div>Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-86954101365147930502012-06-19T19:12:00.000-07:002012-06-19T19:12:07.856-07:00Direitos das mulheres, da juventude, de grupos LGBT e Trans ameaçados na Rio+20!Desde
o dia 13 de Junho negociadores oficiais dos países-membros e
autoridades observadoras da ONU têm se reunido sistematicamente ao longo
do dia (e da noite) no centro de convenções Riocentro, no Rio de
Janeiro (RJ). O objetivo destas reuniões é chegar num consenso sobre o
documento final da 2ª Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável, popularmente conhecida como Rio+20. A
alcunha vem do fato de que a primeira conferência, realizada também no
Rio, foi realizada em 1992, há 20 anos atrás.
<br />
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
A
Agenda21, estabelecida nesse primeiro momento, trazia uma série de
avanços importantes em relação aos direitos humanos, direitos das
mulheres, da juventude, e direitos sexuais e reprodutivos. Esta pequena
vitória foi fruto de fortes articulações entre lobistas, ativistas e
negociadores ligados a movimentos de mulheres e movimentos feministas
durante tal processo. Na Rio+20, que deve se encerrar nesta
sexta-feira, porém, a história tem sido outra. O bloco de países G77,
apoiado pelo Vaticano, tem ameaçado seriamente o futuro dos direitos
sexuais e reprodutivos nas discussões sobre o texto do documento final
da Rio+20.</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Mas como? O documento não é só um pedaço de papel?</b></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
Não.
O “pedaço de papel” que é esse documento final é uma espécie de
orientação geral dos países-membros da ONU (a grande maioria no mundo)
para diversos tipos de política. A ONU não é um governo de todos os
governos e não está acima de nenhum deles. É como se fosse um grêmio de
todos os governos, um espaço diplomático onde chega-se a consensos,
acordos e orientações comuns. Os governos, portanto, são a ONU. São eles
que fazem a ONU. Esse documento indica, portanto, a linha política que
será reforçada. Governos se comprometem com ele e ele pode ser cobrado.
Existe portanto uma importância política neste processo.</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Mas o que exatamente está acontecendo com os direitos das mulheres e da juventude na Rio+20?</b></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
Na
ONU, as cláusulas e resoluções são definidas por consenso
primordialmente nas negociações, realizadas por negociadores oficiais
dos governos. Um texto final é encaminhado aos chefes de Estado (como a
Dilma) para que estes então aprovem e/ou revoguem trechos, se preciso
votando. Há muita articulação, porém, por trás disso, para que eles
cheguem lá na hora e sustentem a linha que os negociadores vinham
seguindo. Em geral, os pontos que são consensuais nas negociações
prévias são apenas aprovados, enquanto pontos destacados pelos comitês
de negociação como não-consensuais são rediscutidos e votados. Pois é
isto que está, neste exato momento, acontecendo.</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
O texto que está até então aprovado, contestado pelo Vaticano e G77 diz mais ou menos o seguinte sobre “Saúde e População”:</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Reivindicamos
a complete e efetiva implementação da Plataforma de Ação de Pequim, do
Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e
Desenvolvimento e as resoluções de suas conferências de revisão,
incluindo os comprometimentos que buscam a saúde sexual e reprodutiva e a
promoção e proteção de todos os direitos humanos nestes contextos.
Enfatizamos a necessidade de que se providencie acesso universal à saúde
reprodutiva, incluindo planejamento familiar e saúde sexual, assim como
a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais.</i></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Nos
comprometemos a reduzir a mortalidade maternal e infantil, e melhorar a
saúde das mulheres, homens, jovens e crianças. Reafirmamos nosso
compromisso com a igualdade de gênero e a proteção dos direitos de
mulheres, homens e jovens a terem controle e decidirem livremente e
responsavelmente sobre sua sexualidade, incluindo acesso à saúde sexual e
reprodutiva sem coerção, discriminação ou violência. Trabalharemos
ativamente para garantir que os sistemas de saúde ofereçam a informação e
os serviços necessários relativos à saúde sexual e reprodutiva das
mulheres, buscando inclusive o acesso universal a métodos de
planejamento familiar modernos e aceitáveis, que sejam seguros, efetivos
e economicamente viáveis, uma vez que isto é essencial para a saúde das
mulheres e para o avanço rumo à igualdade de gênero.”</i></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
A
proposta do G77 (bloco de países) e do Vaticano é cortar o primeiro
parágrafo aqui citado por inteiro e, como se isso não bastasse, retirar
as especificações em relação a “jovens” do segundo. No texto original a
especificação “adolescentes” ainda figurava, mas esta batalha já
perdemos. O que preocupa todas e todos as ativistas e os ativistas de
gênero, direitos humanos e juventude é perder esta especificação. Pra
fechar com chave de ouro, estes governos do G77 e o Vaticano ainda
querem cortar as menções à “saúde sexual de reprodutiva” e substituir
somente por “saúde”, e cortar tudo que fala de “planejamento familiar”.</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>E eu com isso?</b></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
Como é notório pelas últimas políticas propostas no Brasil sobre o tema,
como o Projeto Cegonha, cadastro de gestantes, a proibição do parto em
casa e agora pelo Estatuto do Nascituro, já estamos em vias de sofrer
estes ataques e termos nossos direitos (ao próprio corpo, à própria
gravidez, etc) tirados. Para além das mulheres cissexuais, que em geral
têm a possibilidade de engravidar, o texto como querem Vaticano e G77
ainda são nocivos para outros grupos como transexuais, homens e mulheres
jovens, adolescentes, comunidade LGBT, etc. Sem estas poderosas
menções, não teremos comprometimento oficial nenhum de nosso governos – e
de outros – com estas questões que afetam diretamente nossas vidas.</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Mas o que posso fazer?</b></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
No momento, a pressão precisa ser feita diretamente sobre chefes de
Estado, para que não deixem estas modificações serem aprovadas. Aqui no
Brasil, especificamente, precisamos que a opinião pública se fortaleça
contra estes cortes, fazendo com que nossa Presidenta Dilma Roussef e
sua equipe de governo não aceitem esta atrocidade e mantenham-se firmes
durante as negociações.</div>
<div class="yiv718414283ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
Para
isto, repasse estas preciosas informações. Tuite sobre isso, escreva
sobre isso, reposte este e outros textos que encontrar sobre o assunto.
Envie estas informações a pessoas influentes ou não, comunicadores,
jornalistas, veículos de comunicações, blogueiros, ONGs, movimentos
sociais. A internet tem sido uma poderosa ferramenta de pressão no
Brasil e chegou a hora de a usarmos novamente.</div>
<div>
<br /></div>
-- <br />Camila Silveira<br /><br />Contatos:<br />twitter: <a href="http://www.twitter.com/camilace" rel="nofollow" target="_blank">www.twitter.com/camilace</a><br />(85)8866-6035Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-28331506525142721072012-06-14T10:46:00.000-07:002012-06-14T10:46:08.838-07:00Fórum de Mídias Livres acontece na Cúpula dos Povos Rio +20<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Centenas de representantes das mídias livres começam a chegar ao
Rio de Janeiro para a Cúpula dos Povos da Rio+20, evento paralelo
à Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Trabalharão para
difundir a voz dos povos reunidos na Cúpula e, em vez de falar em manejo do
meio ambiente pelo poder econômico, falarão em caminhos para a justiça
ambiental e social. Essas mídias terão uma agenda própria dentro da Cúpula,
onde se encontrarão para realizar o II Fórum Mundial de Mídias Livres, além
de cobrir as atividades e os temas da Rio+20.</span></div>
<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Feministas de todo o mundo levarão a visão das mulheres,
segmento que teve sua voz excluída da História por séculos, enquanto cuidavam
da produção e reprodução da vida. Elas serão protagonistas nesta Cúpula
pelo direito à informação e à liberdade de expressão, pelo conhecimento livre
e por outra comunicação que sirva às comunidades, à cultura e à
diversidade. Base de todos os movimentos sociais, as mulheres tem mostrado
sua força nas últimas grandes ações transformadoras da História, seja na
Primavera Árabe, nas mobilizações europeias ou nas lutas em curso nos
países pobres do sul do planeta.</span></div>
<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">O feminismo sabe que o patriarcado e o machismo são
sustentáculos do capitalismo, assim como a mídia oligopolizada que propagandeia
os valores que perpetuam a opressão ao feminino. As mulheres
compartilham e defendem o bem comum e a liberdade de expressão para todos e
todas, não apenas para as empresas que dominam o setor. “Mulher, Mídia
e Bens comuns” é o painel específico no II FMML, que agora será na Escola de
Comunicação da UFRJ. Vejam nas matérias como as mulheres bem
ocupam espaços na comunicação pública. Teremos nosso espaço
na Rádio Cúpula, e com certeza utilizaremos o Laboratório de
Comunicação Compartilhada, espaço livre para produção, edição e publicação de
forma colaborativa. </span></div>
<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"> </span>
<b><span style="color: blue; font-size: 12pt;"><a href="http://medias-libres.rio20.net/pt-br" rel="nofollow" target="_blank">http://medias-libres.rio20.net/pt-br</a></span></b></div>
<div class="yiv1982081790MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span>Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-51324883498258316242012-06-05T17:25:00.001-07:002012-06-05T17:25:59.409-07:00João Pessoa realiza Marcha das Vadias próximo sábado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKr0_9kbOpeRZ3YCD23oyH_n69MFOTfT_ulPBijz-ydgrLM5cGkjkxMdClWxuyTy8IBY6LCf-jvwCdUgbkvr963slB-RtkmcsFpBscJW3wPHhvFVl5rvml4DWebInDOiHEDnlg7rdPs/s1600/marcha+vadias+jp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjcKr0_9kbOpeRZ3YCD23oyH_n69MFOTfT_ulPBijz-ydgrLM5cGkjkxMdClWxuyTy8IBY6LCf-jvwCdUgbkvr963slB-RtkmcsFpBscJW3wPHhvFVl5rvml4DWebInDOiHEDnlg7rdPs/s1600/marcha+vadias+jp.jpg" /></a></div>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Se não posso dançar, não é
minha revolução!” – Emma Goldman</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Por Mabel Dias </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A Marcha das Vadias (Slut
Walk) é um movimento que já acontece mundialmente desde 2011. Seu início se deu
na cidade de Toronto, no Canadá, quando um elevado número de estupros de
mulheres em uma universidade local fez com que um policial, durante uma
palestra sobre segurança, “aconselhasse” as mulheres para não se vestirem como “vadias”
para não serem estupradas. Estudantes da universidade canadense se indignaram
diante de tal declaração e a reverteram em um protesto político, bem humorado, organizando
a primeira <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Marcha</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">das Vadias</i>, que levou às ruas cerca de
três mil pessoas, que se manifestaram publicamente contra a alegação absurda de
que as mulheres são violentadas por causa da forma como se vestem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas, só este ano a Marcha
das Vadias será realizada em João Pessoa, capital da Paraíba, no próximo
sábado, dia 09. Assim como no Canadá, a iniciativa em João Pessoa também partiu
de estudantes universitárias. A Marcha das Vadias é uma manifestação, um grito
de revolta contra o crescente índice de violência contra mulheres e meninas.
Segundo o Mapa da Violência 2012, a Paraíba ocupa o 4º lugar em casos de homicídios
contra mulheres e a capital está na 12ª posição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
índice de violência contra as mulheres no Estado em 2012 é 50% maior em relação
ao ano passado. Até abril deste ano, já foram assassinadas 41 mulheres na
Paraíba, sendo 26 por crimes machistas e sexistas e 15 por suposto envolvimento
com drogas (Fonte: Centro da Mulher 8 de Março). Esses números com certeza
devem ser bem maiores, pois <span style="color: black;">a maioria dos casos não
chega a ser noticiado na imprensa nem denunciado pelas mulheres.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
fala do policial durante a palestra sobre segurança no campus da universidade
canadense reflete o pensamento machista e sexista que permeia a sociedade, seja
em qualquer parte do mundo. A mulher ainda é considerada propriedade masculina
e o homem se vê no direito de fazer com ela o que quiser. A impunidade ainda é
gritante, apesar dos mecanismos de proteção à mulher, como os dispositivos
previstos na Lei Maria da Penha. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
violência contra as mulheres e as meninas se dá também na mídia, com seus
corpos mercantilizados, jornadas triplas de trabalho, o assédio moral e sexual
no trabalho, a pouca cobertura de creches para as mães pobres que precisam
trabalhar e não tem onde deixar seus/suas filhas/os, entre outras
reivindicações. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em
pleno século XXI, mulheres são oferecidas como presente de aniversário de um
irmão para outro, e em seguida estupradas e mortas. Foi o que aconteceu na
cidade de Queimadas, na Paraíba, onde cinco mulheres foram estupradas e duas
assassinadas. Todos os dias, mulheres e meninas são vítimas da violência,
simplesmente por serem do sexo feminino. E ainda por cima, culpabilizadas pela
violência que sofrem. Para as lésbicas, negras e pobres esta violência é ainda
mais intensa quando essas identidades se articulam entre si, promovendo uma
discriminação e preconceito sem precedentes. As mulheres negras estão mais
expostas à violência sexual do que as brancas. De 2009 a 2010, no Brasil, a
cada hora, duas negras ou pardas foram submetidas à violência sexual (Dados do
Laeser/UFRJ).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E
é contra esta violência misógina que a Marcha das Vadias se posiciona. Mesmo com o
crescimento e a positiva aceitação do movimento Slut Walk no Brasil, posições
contrárias ao nome são constantes. A alegação é que o termo soa agressivo e
preconceituoso. Para a jornalista Carla Rodrigues, o termo “vadias” tem sido
uma irreverente estratégia de deboche do preconceito. </span><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Arial;">“</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Parte da exigência de que os direitos
das mulheres não podem ser violentados em nenhuma hipótese, seja lá quem ou
como for a vítima. Pauta urgente para o Brasil, onde domésticas, moradores de
rua, prostitutas e homossexuais, são agredidos duplamente. A primeira vez, pelo
agressor. A segunda, pelas justificativas para a agressão. Passa a ser tarefa
da mulher não ser estuprada, enquanto deveria ser responsabilidade do homem não
cometer o crime”, diz Carla em seu recente texto “O deboche das Vadias”,
publicado no jornal O Estado de São Paulo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E as vadias vão às ruas na
capital da ainda conservadora Paraíba para afirmar que “<span style="color: black;">queremos ser mulheres livres de qualquer tipo de exploração e de
opressão e não ficamos caladas diante de uma situação de violência, seja ela
física, simbólica ou psicológica.</span>.. Dizemo-nos “vadias” porque nossos
corpos nos pertencem!” (trecho do manifesto das Vadias de João Pessoa)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Acompanhe a Marcha das
Vadias JP na internet:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Facebook: <a href="https://www.facebook.com/groups/213356832117416/">https://www.facebook.com/groups/213356832117416/</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="FR-BE" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: FR-BE;">Blog: </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><a href="http://www.marchadasvadiasjp.blogspot.com/"><span lang="FR-BE" style="mso-ansi-language: FR-BE;">www.marchadasvadiasjp.blogspot.com</span></a></span><span lang="FR-BE" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: FR-BE;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="FR-BE" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: FR-BE;">Email: marcha.das.vadias.jp@gmail.com</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-70329908437905295722012-05-27T18:21:00.000-07:002012-05-27T18:24:16.848-07:00Comissão propõe criminalizar preconceito por gênero<br />
<br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 100.0%;">
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<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 100.0%;">
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<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm; width: 100.0%;" valign="top" width="100%"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="background: white; mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 100.0%;">
<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;">Por Raquel Moreno</td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 1.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 3.0pt;">
<span style="color: #818181; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 8.5pt;"><br /></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 10.5pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 100.0%;">
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<br />
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<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;">
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 100.0%;">
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<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm; width: 100.0%;" valign="top" width="100%">
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<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;"><br /></td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;"><br /></td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<span style="background: white;">A comissão de juristas do Senado que discute
mudanças ao Código Penal aprovou nesta sexta-feira (25/05) proposta que
aumenta a quantidade de situações em que uma pessoa pode responder na
Justiça por discriminação. Pelo texto, poderá ser processado quem pratica
discriminação ou preconceito por motivo de gênero, identidade ou orientação
sexual e em razão da procedência regional.</span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pela
legislação atual, só podem responder a processo judicial quem discrimina
outra pessoa por causa da raça, da cor, da etnia, da religião ou da
procedência nacional. Assim como na legislação em vigor, que segue a
Constituição Federal, a conduta será considerada imprescritível (o
discriminado pode processar a qualquer momento), inafiançável e não
passível de perdão judicial ou indulto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
comissão manteve para os crimes a mesma pena aplicada hoje pela Lei 7.716,
de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor: de
dois a cinco anos de prisão. A ideia é incorporar toda essa legislação ao
novo Código Penal. A pena para a prática pode ser aumentada em um terço até
a metade caso a discriminação tenha sido cometida contra crianças ou
adolescentes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No
texto apresentado, os juristas decidiram apresentar um rol de condutas que
seriam consideradas discriminatórias. Entre elas, impedir o acesso de
alguém, devidamente habilitado, a uma repartição pública ou privada, assim
como a promoção funcional de alguém, por exemplo, pelo fato de ser mulher,
homossexual ou nordestino. O crime também estaria configurado se a
discriminação ocorrer em meios de comunicação e na internet.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O
presidente da comissão, Gilson Dipp, considerou um avanço a proposta
aprovada. "É um avanço porque estamos ampliando as figuras de toda e
qualquer figura discriminatória, dando cumprimento à Constituição e
atualizando a lei já existente", afirmou o ministro do Superior
Tribunal de Justiça. O relator da comissão, Luiz Carlos Gonçalves, lembrou
que atualmente não se pode punir judicialmente o preconceito em razão da
identidade ou do gênero. "Nós criminalizamos a homofobia e a
misogenia", exemplificou o procurador regional da República.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
nova regra não valeria para crimes contra a honra, como o de opiniões que
ofendam a dignidade de alguém. Nesse caso, a comissão já havia aprovado
proposta para criar a figura da injúria qualificada, que prevê pena de até
três anos de prisão e multa para quem faz referência ofensiva por motivo de
raça, cor, etnia, sexo ou orientação sexual ou identidade de gênero, idade,
deficiência, condição física ou social, religião ou origem. Essa figura não
existe no código atual.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 10.5pt;">
<span style="font-family: "Helvetica","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
comissão tinha prazo até o final do mês para entregar o anteprojeto do novo
código ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Mas os trabalhos
foram prorrogados até o dia 25 de junho. As sugestões dos juristas poderão
compor um único projeto ou serem incorporadas a propostas já em tramitação
no Congresso.</span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
</td>
</tr>
</tbody></table>
</td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;"><br /></td>
</tr>
</tbody></table>
<br /></td>
</tr>
</tbody></table>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-20748296569316748712012-04-19T16:43:00.001-07:002012-04-19T16:47:34.137-07:00Saúde não se vende! Loucura não se prende! Quem ta doente é o sistema social!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3nmHIFWneHSol9uUm7L94bBhu0NmLLc9M3xWzvFjSejmWt9-S_O0TOXqylR_OImRXKa7yNXufOnAhnMpqRSp613OY8xZ59qT3t8umutHpNZ41hPHA7A6P5NoZKOMQbFWHbo7yGG4UEQ8/s1600/hysteria_05.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3nmHIFWneHSol9uUm7L94bBhu0NmLLc9M3xWzvFjSejmWt9-S_O0TOXqylR_OImRXKa7yNXufOnAhnMpqRSp613OY8xZ59qT3t8umutHpNZ41hPHA7A6P5NoZKOMQbFWHbo7yGG4UEQ8/s320/hysteria_05.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5733262659002185922" /></a> FOTO DA PEÇA HYSTERIA<br /><br /><br />18 de maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial<br /><br /> Saúde não se vende! Loucura não se prende! Quem ta doente é o sistema social!<br /><br /> Manifestação Pública no vão livre do Masp – concentração às 13 horas<br /><br /> <br />O Sistema Único de Saúde (SUS) e as conquistas da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial estão ameaçadas!<br /><br />O SUS não pode funcionar sem dinheiro e por isso, desde sua criação, a garantia de financiamento adequado é uma reivindicação da sociedade brasileira. Não podemos aceitar que as diversas esferas de governo (federal, estadual e municipal) destinem tão poucos recursos à saúde. O governo federal cortou 5,4 bilhões do orçamento da saúde em 2012.<br /><br />A política pública de saúde mental, construída pelos esforços dos movimentos de usuários, trabalhadores e gestores, está sendo atacada por setores que lucram com o direito à saúde da população.<br /><br />Não podemos permitir que o governo do Estado de São Paulo continue investindo e financiando sistematicamente em serviços e políticas públicas de saúde mental que geram exclusão, segregação, dor e sofrimento à população que deles necessitam. E entrega a gestão e a oferta de cuidados em saúde para entidades privadas que estão preocupadas somente com seu lucro e não com a saúde integral da população.<br /><br />Essas empresas pressionam seus trabalhadores para garantir lucro. Na saúde mental esta relação impossibilita o cuidado de forma integral e a garantia da realização de ações de inclusão social. O maior exemplo disso é o primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Brasil, o CAPS “Luis da Rocha Cerqueira” – o CAPS Itapeva que, depois de ser entregue a uma empresa de saúde em 2007 começou a expulsar e/ou suspender seus usuários por julgar que estes estavam se “comportando mal”.<br /><br />O mesmo governo que entrega a rede de atenção psicossocial a essas empresas de saúde se reveste de atitudes autoritárias, repressoras e violentas contra a população, promovendo a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais através de um grande projeto de higienização social e encarceramento em massa do povo oprimido, tudo isso em nome dos interesses como os da especulação imobiliária e dos grandes eventos como a Copa do Mundo. Episódios como os ataques covardes aos alunos da USP, expulsão de mais de 3000 famílias do Pinheirinho em São José dos Campos, a realização de ações truculentas com pessoas no bairro da Luz, conhecido hoje como “cracolândia” com o objetivo de garantir o projeto higienista da “NOVA LUZ” em São Paulo, tentativas de privatizar e fechar o Centro de Atenção Integral em Saúde Mental (CAISM) Água Funda e a pretensão de reabrir leitos em Hospitais Psiquiátricos em diversos localidades, são as marcas desse governo repressor e violento contra o cidadão do estado de São Paulo.<br /><br />Compactuando da logica excludente, o governo Federal aprovou o financiamento das comunidades terapêuticas que lucram com a internação –sem preocuparem-se de fato com o usuário em que muitas vezes são forçados e levados para internação, não revendo as relações sociais e a omissão do Estado nas politicas sociais que provocam na população dor e sofrimento e abandona a muitos em condições de alta vulnerabilidade.<br /><br />Nós, loucos usuários, loucos trabalhadores, loucos estudantes, loucos gestores e loucos movimentos sociais lutamos e reivindicamos o fim da exclusão social, segregação e preconceito!<br /><br />Defendemos uma sociedade que tenha como valor a liberdade, a igualdade e a justiça social e promova o cuidado das pessoas em sofrimento psíquico em meio aberto - no seu território, na sua comunidade. Isso só se constrói investindo em serviços e políticas públicas inclusivas e comunitárias e que respeitem a autonomia do sujeito, o direito a liberdade e as diferenças regionais e individuais.<br /><br />Queremos uma sociedade onde o direito a humanidade é de todos!Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-12290448137347746702012-04-16T17:13:00.002-07:002012-04-16T17:20:33.320-07:00Seminário debate violação dos Direitos Humanos na mídia paraibana<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KMVRulLB2uMppXVJFG9lu-QT7ZYk6SIS9jSsgj8-lLhz7upyfxOxE4307ekyUinJi5NUBhH0LfpMFq1ufjvMVyNVR7MUpTEpHBanZu_cPmFX7Q9LRq2aUSgFzb9A-wmJOaoQXy0ZT8A/s1600/PC290738.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KMVRulLB2uMppXVJFG9lu-QT7ZYk6SIS9jSsgj8-lLhz7upyfxOxE4307ekyUinJi5NUBhH0LfpMFq1ufjvMVyNVR7MUpTEpHBanZu_cPmFX7Q9LRq2aUSgFzb9A-wmJOaoQXy0ZT8A/s320/PC290738.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5732157933080347314" /></a><br /><br />Por Mabel Dias<br /><br />Foi realizado na manhã desta segunda-feira (16), no auditório da Central de Aulas, na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, o I Seminário Direito e Comunicação, promovido pelos Coletivos Desentoca, Comjunto e o Grupo de Pesquisa Direito à Comunicação e Movimentos Sociais.<br /><br />O seminário reuniu os/as professores/as Renata Rolim (Direito), Wellington Pereira (Comunicação e Mídias Digitais), Ludmila Vieira (Direito) e Roberto Medeiros (Direito) para debater sobre os abusos cometidos pela mídia, em especial a paraibana, em relação aos direitos humanos e sobre o marco regulatório das comunicações no Brasil.<br /><br />O debate teve início com a professora Renata Rolim, que apresentou um panorama do marco regulatório da comunicação na América Latina. Ela citou exemplos como o do Equador e da Argentina, que estão bem a frente do Brasil em relação às políticas públicas para este setor. “No Equador, por exemplo, estão previstas alterações na forma de concessão e distribuição de frequências de rádio e televisão aberta, que passarão a ser distribuídas de forma equitativa em três partes: 33% para a operação de meios públicos, 33% para meios privados e 34% para a operação de meios comunitários”, explica Renata Rolim. “Além disso, as frequências que descumprem normas técnicas e jurídicas ou se desviam dos fins para os quais foram concedidas serão devolvidas ao Estado e redistribuídas à sociedade, de acordo com o percentual estabelecido pela lei.”, completa. <br /><br />Apesar da lentidão do Congresso Nacional em debater e aprovar a proposta de novo marco regulatório das comunicações, a professora Renata Rolim apontou alguns avanços conquistados nesta área com a realização da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em 2009, que traçou cerca de 20 diretrizes para promoção da democratização da comunicação no Brasil.<br /><br />Mídia grotesca – “A mídia da violência contribui com a cultura do grotesco”, afirmou o professor do Departamento de Mídias Digitais da UFPB, Wellington Pereira, que fez uma análise contundente sobre a existência e difusão dos programas policiais, exibidos no horário de meio dia nas TVs paraibanas. Ele divide a cultura da violência em três eixos: a violência de estado; a violência contra o estado e a própria violência da mídia, que é um mercado produtor de informação. “Infelizmente, violência vende”, afirma. Coordenador há 10 anos do Grupo de Pesquisa do Cotidiano do Jornalismo, Wellington Pereira concorda que o que estamos assistindo nas emissoras paraibanas é um fenômeno mundial, sintoma de uma sociedade capitalista que a tudo vende e que rapidamente torna tudo obsoleto. “Além disto, estes apresentadores confundem moral com ética e promovem um verdadeiro desrespeito ao código de ética dos jornalistas, difundindo uma moral judaico-cristã em que coloca que bandido bom é bandido morto”. “Quando as tvs exibem imagens de bandidos sempre mostram corpos sem camisa, exibem tatuagens; Parece que querem mostrar que é este corpo, o corpo dos pobres e pretos, que devemos temer”, ressalta o professor. Inquieto, Wellington Pereira disse que a universidade precisa interferir na mídia e provocar mudanças. Ele também indica que sejam realizados programas de leituras críticas da mídia nas escolas públicas.<br /><br />Violação de direitos – Enquanto o marco regulatório das comunicações no Brasil não é aprovado, existem outros mecanismos que a sociedade pode utilizar para coibir a violação dos direitos humanos promovidos pela mídia. A professora do curso de Direito da UFPB, Ludmila Correia, apontou dois artigos da Constituição Federal que protegem as pessoas que tenham seus direitos violados – o artigo 221 e o 5º. Ela citou um dos principais exemplos de conquistas da sociedade brasileira em relação ao controle social da mídia e que conseguiu dar voz aos grupos discriminados pelo programa “Tardes Quentes, apresentado por João Kleber, na cidade de São Paulo. O programa realizava constantes humilhações a homossexuais, mulheres e pobres. No final de 2005, um grupo de organizações não governamentais e o Ministério Público Federal moveram uma ação civil pública que pedia, entre outros pontos, um direito de resposta aos grupos e comunidades agredidos pelas conhecidas “pegadinhas” que iam ao ar diariamente, às 16h, e eram assistidas, em seus picos de audiência, por mais de 20 milhões de telespectadores, segundo dados da própria emissora. A contra-propaganda deu origem ao programa “Direitos de Resposta”, que, de dezembro de 2005 a janeiro de 2006, levou a telespectadores debates sobre a promoção e defesa dos direitos humanos. “Sabemos que estes programas, assim como os policiais que estamos debatendo hoje, atacam aquelas pessoas que não tem conhecimento de seus direitos e que só reforçam o mito da periculosidade da classe pobre, criminalizando-a”, afirma.<br />Para Ludmila, a mídia se constitui como um espaço fundamental para a construção de uma sociedade democrática. “É importante que estes programas sejam monitorados, e neste sentido, a participação da sociedade, do Ministério Público e da Defensoria é fundamental”, completa.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-31494069563873863622012-03-31T15:08:00.005-07:002012-03-31T15:27:35.890-07:00Quando é prostituta não é estupro?!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_8IdJ1cjOUCXQnX9WzoPJarbNQw0Dx6lAx3C022arbzT_JzkB-7Ri464JxA6b53QRkk3Ab8bwxdUpYr8G14SKMkXqkZE9MitF5g_ESgDNQNurY1i2PP-2E9hauLGTPCYybWATpaeMwG4/s1600/adesivo_garotada.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_8IdJ1cjOUCXQnX9WzoPJarbNQw0Dx6lAx3C022arbzT_JzkB-7Ri464JxA6b53QRkk3Ab8bwxdUpYr8G14SKMkXqkZE9MitF5g_ESgDNQNurY1i2PP-2E9hauLGTPCYybWATpaeMwG4/s320/adesivo_garotada.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5726190187596648866" /></a><br /><br />No último dia 27, O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) inocentou um homem que estuprou três meninas de 12 anos. O argumento (pasmem!!) é de que as crianças eram prostitutas, se dedicavam a atividades sexuais desde longa data. Quem pronunciou o voto foi a ministra do STJ, Márcia Maria Moura.<br /><br />Imediatamente à decisão do STJ, diversas organizações feministas e de mulheres, entre elas a Rede Mulher e Mídia, se mobilizaram para externar indignação e repúdio em relação a decisão absurda e que, como afirmou em seu blog a companheira Sulamita Esteliam, rasga o Código Penal, a Lei Maria da Penha e o Estatuto da Criança e do Adolescente.<br /><br />A campanha Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas no Brasil também divulgou nota de repúdio. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, acionou a Procuradoria Geral da República e a Advocacia Geral da União para reverter a situação.<br /><br />Leia abaixo o manifesto de repúdio da Rede Mulher e Mídia e outras organizações sobre a decisão do Supremo Tribunal de Justiça:<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Manifestação de Repúdio da Rede Mulher e Mídia e outras entidades – Não à violência sexual contra meninas e mulheres!<span style="font-style:italic;"></span></span><br /><br />As organizações abaixo assinadas, vêm a público manifestar repúdio e indignação em relação à decisão do Superior Tribunal de Justiça recentemente publicizada, que absolveu o acusado de estuprar três meninas de 12 anos de idade.<br /><br />A decisão da corte superior confirmou o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, apresentando como justificativas para inocentar o réu, tais quais:<br /><br />“Com efeito, não se pode considerar crime fato que não tenha violado, verdadeiramente, o bem jurídico tutelado – a liberdade sexual –, haja vista constar dos autos que as menores já se prostituíam havia algum tempo”.<br />A decisão do STJ confirma a do tribunal de Justiça de São Paulo, repetindo as suas fundamentações: “A prova trazida aos autos demonstra, fartamente, que as vítimas, à época dos fatos, lamentavelmente, já estavam longe de serem inocentes, ingênuas, inconscientes e desinformadas a respeito do sexo. Embora imoral e reprovável a conduta praticada pelo réu, não restaram configurados os tipos penais pelos quais foi denunciado". (TJ/SP)<br /><br />Importa lembrar que para a configuração do crime de estupro pouco importa eventuais percepções morais sobre a vida sexual das vítimas. O que caracteriza esse crime é eminentemente o não consentimento da vítima com o ato sexual. Nesse sentido, aplicando esta lógica, qualquer menina ou mulher poderia ser estuprada, independentemente do fato de ser casada ou solteira, ter vida sexual ativa ou não, estar envolvida com a prostituição ou não.<br /><br />Nesse sentido, as justificativas dos magistrados remontam a um tempo em que as mulheres não tinham direito ou autonomia sobre seu corpo. As mulheres brasileiras não se sentem representadas por estes magistrados, ao revés, repudiam essas manifestações machistas, perversas e discriminatórias que colocam os direitos humanos de meninas e mulheres em risco, ao invés de garanti-los.<br /><br />Além disso, a lei é clara com relação a menores, caracterizadas como vulneráveis, no texto que segue:<br /><br />“Estupro de vulnerável<br />Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:<br />Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.<br />§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.<br /><br />Por fim, a decisão também ofende a normativa constitucional e infra-constitucional que prevê a garantia da proteção integral de crianças e adolescentes como responsabilidade de todos: família, sociedade e Estado (art. 227 da Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente). Crianças e adolescentes encontram-se em peculiar processo de desenvolvimento físico mental e psíquico que precisa ser protegido<br /><br />Assim, o discurso e a lógica utilizada pelos magistrados do Superior Tribunal de Justiça, responsabilizando as vítimas pela violência sofrida, é absolutamente inaceitável e não pode prevalecer nas cortes do país, em especial em uma de suas mais altas instâncias. Esperamos que este posicionamento seja revisto e que justiça seja feita."Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-24599199098026594482012-03-05T18:24:00.002-08:002012-03-05T18:29:42.033-08:00Feminicidios: a palavra de ordem é reagir!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBbRZoNPT7KicaKNLE6n9-0k2Fppb011pamgn-Ajde1SLuLvTjrwR0BS8UzAVebJlk4EsgClgBVw5d1jy2N0cExHYIlCBr3GcARzpCdAFPA69lVc9CWh_2eg80XTi5P12xyVdbURYmK8Y/s1600/feminismo.2.bmp"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 123px; height: 159px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBbRZoNPT7KicaKNLE6n9-0k2Fppb011pamgn-Ajde1SLuLvTjrwR0BS8UzAVebJlk4EsgClgBVw5d1jy2N0cExHYIlCBr3GcARzpCdAFPA69lVc9CWh_2eg80XTi5P12xyVdbURYmK8Y/s320/feminismo.2.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5716604534184591634" /></a><br /><br />Por Mabel Dias<br /><br />No próximo dia 12, segunda-feira, faz um mês que a recepcionista Michele Domingues da Silva e a professora Isabella Pajussara Monteiro foram brutalmente assassinadas e mais cinco mulheres foram estupradas por um grupo formado por dez homens, na cidade de Queimadas, interior da Paraíba.<br /><br /><br />Não só a Paraíba, mas o Brasil ficou chocado, revoltado, atônito diante de tamanha violência, arquitetada friamente pelos irmãos Eduardo e Luciano dos Santos Pereira. Era aniversário de Luciano e como presente, ele pediu ao irmão que providenciasse os estupros!! O “alvo” principal seria a professora Isabella Pajussara. Todos foram presos e lá ficarão até o julgamento.<br /><br /><br />A violência contra a mulher vem avançando assustadoramente na Paraíba. Este ódio às mulheres que aconteceu em Queimadas reflete bem o quanto nosso corpo tem sido violado e visto pelos homens como propriedade, o que os faz pensar que “pode” ser usado da maneira que eles bem entenderem. Ao passo que avançamos na luta por nossos direitos, a sociedade regride quando acontecem casos como este, que mostra o quanto nós não estamos seguras. E mais uma vez o crime de Queimadas mostra que aqueles que cometem os crimes contra as mulheres são homens próximos a elas. Eduardo Pereira foi casado com uma das irmãs de Isabella Pajussara.<br /><br /><br />Apesar de ainda não ter sido colocada em prática na sua totalidade, a Lei Maria da Penha é um dos principais aliados de nós mulheres para barrar a violência. E a Paraíba, que até janeiro não contava com um Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar, passou a ter este importante mecanismo, previsto na Lei Maria da Penha.<br /><br /><br />Estamos na semana do 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Se formos fazer um balanço, tivemos conquistas e perdas. E ainda temos muito a lutar, gritar, exigir respeito e dignidade, deixando bem claro que o corpo da mulher é dela! Vejam só: estamos falando o que nem precisaria ser dito: nosso corpo é nosso! Não importa qual seja sua profissão ou que roupa esteja vestindo, nada justifica a violência contra a mulher. Não seria necessário, mas ainda precisamos dizer frases como esta, pois continuamos sobrevivendo em uma sociedade machista e misógina. As mortes de esposas, namoradas, amigas não são crimes passionais, são feminicídios. Morremos por causa de nosso gênero. Em Ciudad Juarez, no México, milhares de mulheres foram seqüestradas e mortas. Crimes que nunca foram solucionados. E assim como no México, no Brasil somos violentadas a cada minuto, não importa onde nem que horas são.<br /><br /><br />De acordo com o relatório da organização Small Arms Survey, o Brasil está entre os 25 países com maior taxa de assassinato de mulheres. El Salvador é o país com mais feminicídios: cerca de 66 mil mulheres são mortas por ano no mundo, a maioria com arma de fogo. Segundo o estudo da Small Arms Survey, em torno de 66 mil mulheres são assassinadas a cada ano, 17% das quais são vítimas de homicídios intencionais. O relatório "Feminicídio: Um Problema Global" analisou os dados de assassinatos de mulheres em nível mundial de 2004 a 2009 e concluiu que a porcentagem de feminicídios é "significativamente maior nos territórios com altos níveis de homicídios".<br /><br /><br />No dia 08 de março, movimentos feministas da Paraíba vão realizar pela manhã um ato político no Centro de João Pessoa para reivindicar políticas públicas e denunciar o crimes contra as mulheres. O lema principal é Nosso Corpo, Nosso Território! Precisaremos ecoar nossa voz por todos os lugares, sempre! E no dia 12 de março, haverá outro ato político, na cidade de Queimadas para que nunca esqueçamos de Michele e Isabella, e das demais companheiras que sofreram violência sexual.<br /><br /><br />“Desde sempre o corpo está no centro de toda relação de poder. Mas, o corpo das mulheres é o centro, de maneira imediata e específica. Sua aparência, sua beleza, suas formas, suas roupas, seus gestos, sua maneira de andar, de olhar, de falar e de rir (...) são o objeto de uma perpétua suspeita. Suspeita que visa seu sexo, vulcão da terra. Enclausurá-la seria a melhor solução: um espaço fechado e controlado ou no mínimo sob um véu que mascara sua chama incendiária. Toda mulher em liberdade é um perigo". (Michelle Perrot)Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-40343508647837260822012-02-19T10:46:00.002-08:002012-02-19T10:51:36.257-08:00O feminismo no Oriente Médio<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTl0YBvnqih9Jq7eGgZaJ7kNQo5Je5s0ZVoino9kIDAU27yoVl3FpzPoSUTPy9UtN9rK59kM27f2-FmzjYg6lKmJzyH96yd7uHVACfuhOc-DDSsVCN_1Sm1LVZ2EeXcbMc7NttWs07TWg/s1600/leila+khaled.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 212px; height: 298px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTl0YBvnqih9Jq7eGgZaJ7kNQo5Je5s0ZVoino9kIDAU27yoVl3FpzPoSUTPy9UtN9rK59kM27f2-FmzjYg6lKmJzyH96yd7uHVACfuhOc-DDSsVCN_1Sm1LVZ2EeXcbMc7NttWs07TWg/s320/leila+khaled.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5710921137547261762" /></a>LEILA KHALED<br /><br />Por Mabel Dias, com informações da revista Planeta<br /><br />“É um mito pensar que toda mulher mulçumana é oprimida”, adverte Soraya Smaili, diretora cultural do Instituto da Cultura Árabe, Icarabe, em São Paulo.<br /><br />De acordo com ela, estas generalizações acontecem porque há um enorme desconhecimento sobre o que chamamos de mundo árabe, que corresponde geográfico e historicamente, aos países do norte da África e da Península Arábica, do Marrocos ao Barhein, que atraem os países de cultura árabe-islâmica e africana como a Mauritânia, o Sudão e a Somália. Nada tem de árabes os países do Golfo Pérsico, de origem turca, persa ou asiática, que tem como cultura e religião o islamismo, como a Turquia, o Irã, o Afeganistão, o Paquistão e a Indonésia.<br /><br />Por causa desta diversidade territorial e cultural não é possível falar em “feminismo islâmico”, ou “feminismo árabe”, e sim em “feminismos árabes”. As mulheres no mundo árabe-islâmico começam a se organizar e lutar contra a opressão que há séculos cerceia sua liberdade. Mas ainda há muito por fazer.<br /><br />O relatório do Fórum Econômico Mundial de 2010, feito em 135 países revela a situação das mulheres nos países da região. Turquia, Barhein, Egito e Iêmen estão entre os países mais atrasados em relação à igualdade de gênero. Foram levados em conta na pesquisa os quesitos participação econômica, o poder político, o acesso à educação e à saúde pelas mulheres.<br /><br />As revoltas no Oriente Médio, entre elas a que aconteceu no Egito, contra as ditaduras dos governos, mostraram o ativismo das mulheres. Porém, quando os revoltosos conquistam o poder, as mulheres não estão inseridas nem ocupam cargos de relevância. É o que observa Luiza Eluf, procuradora de Justiça do Ministério do Trabalho, no Brasil. As primeiras experiências eleitorais na Tunísia e no Egito confirmaram a popularidade dos partidos islâmicos. “Sinto que temos que escolher entre dois monstros: a ditadura e o extremismo islâmico”, afirma a jornalista libanesa, Joumana Haddad, que também é escritora e editora da revista Jasad (que significa “Corpo”, em árabe), publicação considerada desafiadora e libertária na Líbia. Joumana, que se define como pós-feminista, vem de uma família conservadora e católica, e acredita ser impossível conciliar religião e direito das mulheres. Joumana acredita que a participação da mulher nunca será possível sem que os preceitos patriarcais das três religiões monoteístas sejam totalmente abandonados. “Espero que uma mulher concorra às eleições sem cobrir seu rosto com uma flor”, diz Joumana, se referindo a Marwa al-Qamash, candidata ao parlamento egípcio que optou por trocar seu retrato nos panfletos eleitorais pela imagem de uma rosa. Marwa é do partido fundamentalista El Nur e não acredita que o niqqab (vestimenta que deixa os olhos à mostra por uma fresta), a impeça de assumir um papel político no novo Egito. <br /><br />Esta divergência entre Joumana e Marwa faz com que pensemos em feminismos árabes. A editora-chefe do Yemen Times, Nadia al-Saqqaf, primeira mulher a ocupar o cargo máximo em um meio de comunicação, afirma que quer mostrar às iemenitas que a mulher pode e deve ser parte da mudança social e dinâmica do país. Nadia defende que o novo governo crie um Ministério da Mulher e adote a política de cotas para cargos eletivos e não eletivos. Ela também propõe mudanças em relação ao sistema de ensino, propondo que desde a primeira lição as meninas se tornem conscientes de seu poder. No Iêmen, país de Nadia, apenas 20% da força de trabalho é composta por mulheres e nenhuma tem lugar no parlamento. Para ela, o islamismo não contradiz a luta feminista.<br /><br />“Já conquistamos muitos direitos, mas ainda não somos livres para expressá-los nas leis ou na Constituição, porque ainda não somos independentes”, ressaltou a palestina Leila Khaled. A liberdade das palestinas, segundo Leila, passa pelo processo de reconhecimento de seu Estado e pelo fim da ocupação israelense. Leila, que não usa o véu e defende um Estado laico, foi uma das primeiras mulheres a integrar movimentos de resistência armada contra Israel nos anos 70. Hoje ela ocupa uma cadeira no Conselho Nacional Palestino e diz: “O feminismo ocidental é diferente do nosso. Quando falamos sobre nossos direitos, o primeiro é sempre o de resistir”.<br />Na Arábia Saudita as mulheres enfrentam a dificuldade de lutar por igualdade de gênero, principalmente quando o poder econômico e geoestratégico está em jogo. <br /><br />A Arábia Saudita é o principal aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio e o maior produtor de petróleo do mundo. E o país mais restritivo em relação aos direitos das mulheres. Em 2010, o rei Abdullah concedeu às sauditas o direito de votar e de concorrer às eleições. Mas só em 2015. Mesmo podendo concorrer a cargos eleitorais, as mulheres da Arábia Saudita não podem dirigir, abrir conta em banco ou viajar sem autorização. Além de não poder defender seus direitos em público. “Não posso falar com nenhum meio de comunicação estrangeiro. Estou sob observação da polícia”, revela Wajeha al-Huwaider, fundadora da Sociedade de Defesa dos Direitos da Mulher na Arábia Saudita.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-17525961307660722412012-02-19T09:17:00.000-08:002012-02-19T09:18:12.568-08:00MPF/SP quer retratação por comentários homofóbicos em programa evangélicoA Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo quer que o programa “Vitória em Cristo”, exibido pela Rede Bandeirantes, veicule uma retratação pelos comentários homofóbicos feitos pelo pastor Silas Malafaia, no programa de 02 de julho de 2011. Utilizando gírias de baixo calão, o pastor defendeu “baixar o porrete” e “entrar de pau” contra integrantes da Parada Gay. A retratação deverá ter, no mínimo, o dobro do tempo utilizado nos comentários preconceituosos. A ação foi proposta hoje e tramitará em uma das varas cíveis da Justiça Federal de São Paulo.<br /><br />“Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É pra Igreja Católica 'entrar de pau' em cima desses caras, sabe? 'Baixar o porrete' em cima pra esses caras aprender (sic). É uma vergonha”, afirmou o pastor evangélico, durante o programa. A associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais protocolou reclamação no Ministério Público Federal, o que motivou a abertura, pela PRDC, de um inquérito civil público para apurar o caso.<br /><br />No curso do inquérito, Malafaia explicou à PRDC que tinha feito uma “crítica severa a determinadas atitudes de determinadas pessoas desse segmento social, acrescida também de reflexão e crítica sobre a ausência de posicionamento adequado por parte das pessoas atingidas”. E defendeu que as expressões “baixar o porrete” ou “entrar de pau” significam “formular críticas, tomar providências legais”.<br /><br />Para o procurador regional dos direitos do cidadão Jefferson Aparecido Dias as gírias têm claro conteúdo homofóbico, por incitar a violência em relação aos homossexuais. “Mais do que expressar uma opinião, as palavras do réu em programa veiculado em rede nacional configuram um discurso de ódio, não condizente com as funções constitucionais da comunicação social”, disse.<br /><br />Durante o inquérito, Silas Malafaia pediu a seus fiéis, através do site “Verdade Gospel”, que enviassem e-mails em sua defesa ao procurador da República responsável pelo caso. Centenas de e-mails e correspondências foram, então, enviados ao gabinete de Dias. “Da mesma forma que seus seguidores atenderam prontamente o seu apelo para o envio de tais e-mails, o que poderá acontecer se eles decidirem, literalmente, “entrar de pau” ou “baixar o porrete” em homossexuais?”, questiona o procurador.<br /><br />Dias afirma que, como líder religioso, Malafaia é formador de opiniões e moderador de costumes. “Ainda que sua crença não coadune com a prática homossexual, incitar a violência ou o desrespeito a homossexuais extrapola seus direitos de livre expressão”, argumentou. Por isso, a importância da retratação de seus comentários homofóbicos diante de seus telespectadores, além da abstenção de veicular novas mensagens homofóbicas.<br /><br />A ação também é movida contra a TV Bandeirantes, a quem cabe evitar que outras mensagens homofóbicas sejam exibidas, além de veicular a retratação pedida pela PRDC. “A emissora é uma concessionária do serviço público federal de radiofusão de sons e imagens e deve compatibilizar sua atuação com preceitos fundamentais como o direito à honra e à não discriminação”, defende a ação.<br /><br />“Ainda que haja a liberdade de culto e a liberdade de expressão, também previstas na Constituição Federal, a manifestação do pensamento não pode ser utilizada como justificativa para ofensa de direitos fundamentais alheios”, afirma o procurador.<br /><br />A PRDC pede que seja concedida liminar para que Silas e Band sejam obrigados a se abster de exibir novas agressões verbais. Ao final da ação, uma vez condenados o pastor e a emissora, o MPF requer que o programa evangélico e a emissora sejam condenados a exibir, imediatamente, a retratação.<br /><br />Dias lembra que a TV está presente em pelo menos 90,3% dos municípios brasileiros. “Trata-se de número enorme de pessoas expostas ou passíveis de exposição a manifestações de cunho homofóbico ou que incitem a violência de homossexuais”, afirma. Para ele, a demora judicial pode permitir que o réu continue “propagando tais mensagens, atentando continuamente contra direitos fundamentais de homossexuais”.<br /><br />A ação também pede que a União seja condenada a, por meio da Secretaria de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, fiscalizar a referida exibição.<br />FONTE: Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República de São Paulo.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-41447145003002123112012-02-15T16:31:00.001-08:002012-02-15T16:33:04.535-08:00O assassinato de mais um jovem negro no BrasilPor Mabel Dias<br /><br />O assassinato do jovem Gualter Rocha, no Rio de Janeiro, no dia 1º de janeiro de 2012, me fez refletir sobre a violência urbana que temos assistido cotidianamente e a insuflação, direta ou indireta por parte de alguns jornalistas e outros segmentos da sociedade a reagir sob a máxima “olho por olho, dente por dente”<br /><br />Gualter que adorava dançar, e foi o idealizador do “passinho”, no funk carioca, gritava por socorro por onde passava. Dizia que estava sendo perseguido. As câmeras de vigilância de uma empresa gravaram o jovem correndo desesperadamente, mas não mostraram quem estaria atrás dele. Pedindo ajuda em várias casas, ele conseguiu entrar em uma, onde morava um casal de idosos e sua filha. Atordoado, Gualter continuava pedindo abrigo, mas o casal, assustado, entrou na casa e nada fez. <br /><br />A polícia prendeu dois suspeitos de terem matado o rei do passinho. O supervisor de uma empresa de segurança e um dos vizinhos do casal de idosos. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, Gualter foi morto por asfixia mecânica, ou seja, estrangulado. Um dos acusados disse que o que o matou foram as drogas. Mas o exame feito no adolescente mostrou que não havia nenhuma substância em seu sangue. Antes de ser asfixiado, Gualter foi brutalmente espancado e seu corpo foi arrastado até a rua.<br /><br />O casal, que não conhecia o rapaz, ficou obviamente assustado e se recolheu. O medo deles com certeza deve estar associado a tantas notícias de caso de violência que vem tomando conta do país. Não o ajudaram. Gualter estava sozinho e não estava armado. Pedia proteção. Mas a vontade de fazer justiça com as próprias mãos fez com que o segurança e o vizinho do casal matassem Gualter. Um jovem que tinha tudo pela frente e que foi morto por ter sido confundido com “um meliante, elemento”, termos usados constantemente pela polícia e pela própria imprensa para se referir a assaltantes. Não perguntaram nada, apenas bateram e mataram.<br /><br />E será que é desta forma que o problema da violência no Brasil será solucionado? Reforçando a prática de atos violentos como resposta a outros atos violentos? É desta forma que a imprensa pensa e acredita estar ajudando a mudar o quadro ao qual toda a sociedade brasileira está passando? É incentivando a população a se armar que alguns jornalistas pensam que vão solucionar os índices de assassinatos no país?<br /><br />Gualter, assim como muitos adolescentes brasileiros, poderia estar vivo, brilhando nos palcos dos bailes e shows de funk, como também em alguns programas de TV, como o de Regina Casé, onde era presença marcante. Gualter – é horrível dizer isto, mas é verdade, faz parte das estatísticas dos diagnósticos realizados pelos mapas da violência que revela o alto índice de assassinato de jovens pobres e negros no Brasil. E fica por isto mesmo. Isto a imprensa não fala tão pouco reflete o porquê que isto acontece. A fala do segurança, suposto assassino de Gualter, revela o pensamento bastante comum na sociedade: o envolvimento com drogas que leva a morte destes jovens. É fácil dizer: morreu porque estava envolvido com o tráfico de drogas. Não era o caso de Gualter e de tantos outros jovens brasileiros. E fica por isto mesmo?Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-53285863789120573772012-02-12T16:18:00.000-08:002012-02-12T16:24:58.731-08:00Labdebug: a experiência da produção digital das mulheres<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2MraLnV1NfAvDjD9Js0eKxnyd3qKecA8ATdJYZhINRLR9JTKRF6ufQd7I2o14YfntqjnE9jO1Tw8e43_feSUt6zo7E73G8YCarEjEa-wc1-GYYenJT3Gag68Eh6Ak-aJig0l6kcAeqVc/s1600/labdebug.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 193px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2MraLnV1NfAvDjD9Js0eKxnyd3qKecA8ATdJYZhINRLR9JTKRF6ufQd7I2o14YfntqjnE9jO1Tw8e43_feSUt6zo7E73G8YCarEjEa-wc1-GYYenJT3Gag68Eh6Ak-aJig0l6kcAeqVc/s320/labdebug.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5708408471137336738" /></a><br />Uma das dificuldades do grupo é encontrar professoras especialistas na área de tecnologia.<br /><br /><br />Por Mabel Dias<br /><br />A cultura digital com um olhar de gênero: a experiência de produção digital das mulheres. Esta foi a atividade realizada pela professora de comunicação social da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Graciela Natanshon, durante o I Encontro Nacional sobre o Direito à Comunicação, que aconteceu no Recife, até este sábado (11).<br /><br />Graciela faz parte, com outra professora, Karla Brunet, do GIG@ - Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura e coordena o projeto de pesquisa e extensão “Mulheres e Tecnologia: teoria e práticas na cultura digital”, também conhecido por Labdebug.<br /><br />“O Labdebug é um espaço de produção digital dirigido às mulheres, feito por mulheres, usando software livre e analisando e incentivando o acesso das mulheres as tecnologias”, informa Graciela, que é mestra e doutora em Comunicação pela Universidade Nacional de La Plata. Ela aponta quatro razões para estudar a mídia digital com perspectiva de gênero: as mulheres precisam acabar com o mito de que a tecnologia é coisa de homens; mulheres são objetos e não sujeitos nas tecnologias; as mulheres pouco participam das decisões sobre a infraestrutura técnica e lógica das redes digitais e as mulheres são subestimadas e exploradas na web. “Pornografia, exploração da imagem, tráfico internacional de mulheres, venda de serviços sexuais gerenciada por exploradores, fazem parte da paisagem da web. Amor, sexo, moda, beleza, consumo, futilidades e vida doméstica são as categorias associadas à mulher, numa “googleada” rápida. Se o pessoal é político, como foi dito faz mais de 40 anos, devemos politizar a web, assumir nosso lugar como sujeit@s, produzir conteúdos e criar redes que sirvam aos próprios interesses.”, afirma Graciela Natanhson.<br /><br />As alunas do Labdebug aprendem nas oficinas –aulas a montar e desmontar micros, instalar software, criar wikis e blogs, produzir vídeo digital, manipulação de câmaras e computadores em tempo real, edição, DJ e VJS, e ainda realizam performances com tecnologia, experimentações com sensores, streamings e vídeos, que receberam o título de “Arte, Corpo e Tecnologia” <br /><br />“A tecnologia também precisa ser um tema incluído como prioritário na agenda feminista brasileira” atenta Graciela. De acordo com pesquisa do IBGE de 2009/2010, as mulheres tem acessado cada vez mais a internet, mas elas não estão nas tomadas de decisões sobre tecnologia digital (ministérios, empresas, educação e tecnologia da informação) e o movimento de software livre raramente discute a inclusão das mulheres. “No Comitê Gestor de Internet há apenas duas mulheres, representando o terceiro setor. No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a maioria esmagadora dos cargos políticos são de homens. Os artefatos técnicos são conformados pelas relações, significados e identidades de gênero; hierarquias da diferença sexual afetam o desenvolvimento, a difusão e o uso e apropriação da tecnologia. Se as mulheres não participam do desenho e planejamento das tecnologias, mal podem ser contemplados seus interesses.”, ressalta.<br /><br />O que é Labdebug - Bug e debug são termos bastante usados na Informática, hoje. Quando um programa dá “erro”, se diz que há um bug ( e o debug resolveria o problema). Contudo, foi lá em 1945, enquanto Grace Murray Hopper (1906-1992) trabalhava num software para o computador Mark I, que a máquina parou de funcionar. Procurando o problema achou uma mariposa (bug) no meio dos circuitos da máquina e, ao retirá-la (debugging), a máquina voltou a funcionar. <br /><br />Para conhecer mais sobre o Labdebug, o Gig@ e a participação das mulheres na área de tecnologia, acesse http://labdebug.net/labdebug/ e http://gigaufba.wordpress.com/Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-69129398753020072012012-02-09T16:12:00.000-08:002012-02-09T16:17:30.618-08:00Encontro discute democratização da comunicação e reforma políticaPaula de Andrade (*)<br /><br />"O Estado brasileiro deve adotar medidas de regulação democrática sobre a estrutura do sistema de comunicações, a propriedade dos meios e os conteúdos veiculados, de forma que diferentes grupos sociais, culturais, étnico-raciais e políticos possam se manifestar em igualdade de condições no espaço público midiático." Isso requer diversas medidas. Entre elas: "O Estado precisa garantir as condições para a participação popular na tomada de decisões acerca do sistema de comunicações brasileiro, no âmbito dos poderes Executivo e Legislativo."<br /><br />O trecho acima, adaptado da Plataforma para um novo Marco Regulatório das Comunicações no Brasil, é o “coração” do debate que o SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia, as Loucas de Pedra Lilás e a Abong se propõem a animar durante o Encontro Nacional sobre o Direito à Comunicação (ENDC), na tarde do dia 10 de fevereiro, quando acontecem as atividades autogestionadas.<br /><br />Apesar de uma conjuntura bastante adversa para os movimentos sociais, “o pulso ainda pulsa” e a Oficina“Vamos mudar a política no Brasil! Pela participação popular nas decisões sobre o sistema de comunicações brasileiro” pretende partir de uma perpepção bastante assentada entre as análises sobre a direito à comunicação no Brasil: os visíveis pontos de confluência entre a atual estrutura e organização dos meios de comunicação e o perfil de parlamentares do Congresso Nacional.<br /><br />Não é de hoje que percebemos como essas estruturas se retroalimentam na manutenção de uma hegemonia e de pensamentos conservadores. No contexto atual, pelo perfil majoritariamente conservador de parlamentares do Congresso Nacional, o contexto parece nos impor o enfrentamento do descrédito na política como uma prioridade. Isso porque trata-se, cada vez mais, de um descrédito que interessa às oligarquias políticas que se mantém no poder e porque tem sido intensamente reforçado a partir da estrutura de mídia da qual dispõem. De maneira muito ampla, podemos falar de muitas ações que, mesmo sem um foco no enfrentamento desse descrédito, fortalecem esta perspectiva, propondo a política como um exercício de cidadania, um exercício de todas e de todos. Neste sentido, temos a criação do Fórum Social Mundial, o Fórum de Mídia Livre, as diversas experiências de Cúpulas dos Povos, as diferentes ações LGBT contra a heteronormatividade... E, mais recentemente, os protestos contra a transposição do São Francisco e a implantação da central hidrelétrica de Belo Monte, as Marchas das Vadias mundo afora, as manifestações Occupy, a articulação mundial contra a implantação do S.O.P.A. (Stop Online Piracy Act) e o P.I.P.A (Protect IP Act), a cobertura na Internet da barbárie ocorrida em Pinheirinho (São Paulo), além de inúmeras manifestações locais, como os protestos da população do Recife contra o aumento das passagens...<br /><br />Em todos estes atos estamos agindo para evitar que outros e poucos, decidam por nossas vidas ou definam como devemos viver. Participamos politicamente e semeamos a democratização do poder a partir de muitas expressões. Mas, no caso em questão, o que fazer? Para enfrentar os problemas que visualizamos, nós dos movimentos sociais juntamos nossas forças, trocamos ideias e saberes, e também aproveitamos a oportunidade de uma oficina no ENDC para refletir sobre como atuar - coletivamente - para transformar a relação entre os mecanismos da democracia representativa e os entraves à democratização da comunicação no país. O esforço de pensar sobre isso ganhou novo impulso desde 2005, quando foram realizados seminários e debates reunindo várias organizações da sociedade civil, que resultaram numa compreensão mais ampla sobre a reforma do sistema político que desejamos. Foi neste processo que entrou em cena o eixo da democratização da comunicação na Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político.<br /><br />Desde então, diversas organizações têm trabalhado para enfrentar os entraves à participação política atacando o que consideram ser as estruturas do sistema político. Atualmente, a prioridade dos movimentos sociais reunidos na Plataforma é a luta por uma reforma política que amplie, no parlamento, a representação das mulheres, da população negra, do povo indígena, das pessoas em situação de pobreza, da população do campo e moradoras/es da periferia urbana, da juventude e da população homoafetiva, entre outro grupos sociais.<br /><br />Para o SOS Corpo, as Loucas de Pedra Lilás e a Abong, esta perspectiva precisa ser discutida no plano do direito à comunicação, pelas conexões que já citamos entre a democracia representativa e os obstáculos à democratização da comunicação. Não basta nos reunirmos ou reunirmos organizadamente nossas propostas, como aconteceu na I Conferência Nacional de Comunicação. Para avançarmos, acreditamos ser necessário que mais pessoas estejam convencidas que não será possível aprofundarmos a democracia sem uma ampla reforma do sistema político que leve em conta a democratização da comunicação. E que todas/os que por ela lutam também articulem com as mudanças necessárias no plano da democracia representativa. No dizer da Plataforma, isso significa, por exemplo, “garantir o poder do povo para revogar mandatos parlamentares, acabar com os privilégios de férias de 60 dias, 14º e 15º salários e o uso do mecanismos de imunidade parlamentar em situações que só servem para promover a impunidade.” Além disso, precisamos de uma nova regulamentação dos instrumentos de democracia direta: plebiscito, referendo e projeto de iniciativa popular, que possibilite a participação popular nas decisões, não apenas nos momentos eleitorais.<br /><br />No Brasil, o Executivo precisa assumir a pauta por um novo marco regulatório das comunicações e provocar o Legislativo. E para que nossos anseios sejam acolhidos, o Legislativo precisa ser democratizado de forma que todos os segmentos da população estejam representados, incluindo os mesmos “diferentes grupos sociais, culturais, étnico-raciais e políticos” que não conseguem se manifestar em igualdade de condições no espaço público midiático. Com as regras atuais do sistema político brasileiro, isso não é possível. As eleições “repõem” nas casas do Legislativo inúmeros parlamentares que, em sua maioria, representam as elites: donos de bancos, de terras e de veículos de comunicação.<br /><br />Durante o ENDC, estará no horizonte do nosso debate: "como ampliar o poder do povo nas decisões no plano da democratização da comunicação? Participe conosco, se você se sente conectado/a com esta pauta. Envie desde já suas ideias e suas experiências, pois podemos continuar esta reflexão em outros momentos e via outras articulações. <br /><br />Fontes: http://www.reformapolitica.org.br/ | http://www.comunicacaodemocratica.org.br/<br /><br /> <br /><br />(*) Paula de Andrade integra a equipe do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia e o coletivo de comunicação da Articulação de Mulheres Brasileiras.<br /><br />-----Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-23081509604467062122012-01-23T15:28:00.000-08:002012-01-23T15:29:25.347-08:00Movimento faz ato contra Globo e aciona MPF no caso BBBPor Bia Barbosa - Observatório do Direito à Comunicação<br /> <br />As mobilizações da sociedade civil organizada se intensificaram esta semana no sentido de cobrar uma responsabilização da Rede Globo pela forma como tratou a suspeita de estupro ocorrida no programa Big Brother Brasil. Na última quinta-feira, a Rede Mulher e Mídia e dezenas de outras organizações signatárias protocolaram uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo novas investigações sobre o caso. O documento, direcionado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, solicita que o MPF também faça uma análise de outros aspectos ainda não considerado peloa Procuradoria.<br /><br />As organizações entendem que, além do aspecto da estigmação das mulheres, que já está sendo apurado pelo MPF, é preciso investigar a responsabilidade da emissora pela ocultação de um fato que pode constituir crime; por prejudicar as investigações da polícia; por ocultar da vítima todas as informações sobre o que tinha acontecido quando ela estava desacordada; e por enviar ao país uma mensagem de permissividade diante da suspeita de estupro de uma pessoa vulnerável.<br /><br />Na representação, as entidades signatárias relacionam uma série de ações da emissora e da direção do BBB que teriam resultado nesses questionamentos. Entre elas, a edição da cena feita no programa de domingo e as declarações do direito geral Boninho e do apresentador Pedro Bial, que transformou uma suspeita de violência sexual em "caso de amor". "Tal postura da emissora não apenas viola a dignidade da participante como banaliza o tratamento de uma questão séria como a violência sexual, agredindo e ofendendo todas as mulheres", diz um trecho da representação.<br /><br />O documento também destaca que, pelo áudio da conversa da participante Monique com a produção do programa, vazado na internet no dia 16, fica claro que ela, até aquele momento, não tinha assistido às cenas da madrugada do dia 15. E lembra que, somente no dia 17 de janeiro - portanto, mais de 48 horas depois do ocorrido - os envolvidos foram ouvidos pela polícia e possíveis provas do crime foram recolhidas. A emissora, assim, teria violado o direito da participante saber o que tinha se passado com ela enquanto estava desacordada e prejudicado as investigações da polícia.<br /><br />As organizações do movimento feminista solicitaram ainda um direito de resposta coletivo em nome de todas as mulheres que se sentiram ofendidas, agredidas e que tiveram seus direitos violados pelo comportamento da Rede Globo. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, que já solicitou explicações à emissora, agendará em breve uma reunião com os signatários da representação.<br /><br />Ato na porta da Globo em São Paulo <br /><br />Na sexta-feira, o mobilização da sociedade civil foi em frente à sede da emissora em São Paulo. Dezenas de feministas e ativistas pelo direito à comunicação protestaram contra a postura da Globo, além de distribuírem para a população um manifesto pedindo a responsabilização da emissora pelo ocorrido. O protesto também foi contra os patrocinadores do programa - OMO, Niely, Devassa, Guaraná Antarctica, Fiat e energético Fusion.<br /><br />"Estamos aqui para dizer que não é mais possível aceitar a banalização da violência contra as mulheres, principalmente quando isso ocorre num programa de televisão, de uma emissora que é concessionária pública", disse Terezinha Vicente Ferreira, da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada. "Isso ofende a todas as mulheres e tem um impacto enorme na formação dos valores na nossa sociedade", acrescentou.<br /><br />Para as organizações, o próprio formato do BBB se alimenta da exploração dos desejos e conflitos provocados entre os participantes, buscando explorar situações limite para conquistar mais audiência. "É mais um desserviço que é prestado ao país por esta emissora, que trata seus telespectadores como "hommers simpson" e cotidianamente atua no sentido contrário da democracia brasileira, ao criminalizar os movimento sociais, fazer campanhas contra os quilombolas e chegar ao cúmulo de negar a existência do racismo no Brasil", criticou o jornalista Pedro Pomar.<br /><br />Marco Ribeiro, da Federação dos Radialistas (Fitert), lembrou que, semanalmente, um quadro do programa Zorra Total, da mesma emissora, reforça a violência sexual contra as mulheres. "Todos os sábados a Globo faz piada com uma personagem que é vítima de assédio sexual no metrô, e diz ainda pra sociedade que ela deve se aproveitar desse assédio. É um absurdo", afirmou.<br /><br />Na manifestação, foi reforçada a necessidade do Ministério das Comunicações tomar providências em relação ao ocorrido, e do país debater imediatamente um novo marco regulatório das comunicações, com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos capazes de atuar rapidamente em situações como esta.<br /><br />"O Ministério das Comunicações declarou que está analisando se a Globo, neste caso, não veiculou imagens contrárias "à moral familiar e aos bons costumes", violando um dos aspectos da legislação do setor. No entanto, se trata de uma questão muito mais grave. Estamos falando da violação de direitos fundamentais, o que mostra que o país precisa de um marco regulatório que dê conta de enfrentar abusos cometidos em nome da liberdade de expressão", analisou João Brant, do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.<br /><br />Renata Mielli, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, lembrou que a Globo, através da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) é uma das maiores oponentes da construção de um novo marco regulatório das comunicações no país, e que historicamente distorce o conceito de regulação para passar para a população a idéia de que o Estado está tentando censurar a mídia.<br /><br />"Neste momento, com este mesmo argumento, a Abert defende no Supremo Tribunal Federal o fim da classificação indicativa, que é um dos poucos mecanismos que existem para proteger os direitos das crianças e adolescentes de conteúdos impróprios para seus desenvolvimento. Enquanto isso, a Globo se aproveita do espaço de uma concessão pública para violar uma série de direitos humanos", afirmou Renata.<br /><br />O tamanho da reação do público neste episódio, no entanto, mostra, na avaliação do movimento, que alguma coisa está mudando. "A TV Globo ainda acredita no seu poder inabalável. Mas, os tempos são outros. O caso do estupro no BBB é o tema mais comentado na Internet, é pauta diária no noticiário de todas as TV e rádios do país e teve que ser pautado até no Jornal Nacional. O que era para ser mais uma cena de sexo picante, mais um escândalo de audiência, tornou-se um debate nacional sobre a falta de limite ético na TV. Há muito tempo a TV Globo não era pressionada pela opinião publica com a veemência de agora. Precisamos aproveitar este momento para avançar na luta pela regulação da mídia", concluiu Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão.<br /><br />A manifestação foi convocada pela Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex), a Rede Mulher e Mídia e o Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação (FNDC), e contou com a presença de diversas organizações, entre elas a Marcha Mundial das Mulheres, a Liga Brasileira de Lésbicas, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária de São Paulo.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-76453214699725941722012-01-20T05:40:00.000-08:002012-01-20T05:50:35.753-08:00Movimento feminista pede direito de resposta e que Ministério Público Federal investigue responsabilidade da Globo no caso BBB<span style="font-style:italic;">Organizações de todo o país entendem que a emissora pode ser responsabilizada pela ocultação de fato que pode constituir crime; por prejudicar as investigações da polícia; ocultar da vítima todas as informações sobre o que tinha acontecido quando ela estava desacordada e por enviar ao país uma mensagem de permissividade diante da suspeita de estupro de uma pessoa vulnerável.</span><br /><br />A Rede Mulher e Mídia e dezenas de outras organizações signatárias protocolaram, na manhã desta quinta-feira (19), uma representação ao Ministério Público Federal pedindo a investigação da responsabilidade da Rede Globo no caso do suposto estupro que aconteceu no programa Big Brother Brasil na madrugada do dia 15 de janeiro. O documento, direcionado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, solicita que o MPF adende ao procedimento já instalado pelo órgão sobre a Globo a análise de outros aspectos ainda não considerados pela Procuradoria.<br /><br />As organizações entendem que, além do aspecto da estigmação das mulheres, que já está sendo apurado pelo MPF, é preciso investigar a responsabilidade da emissora pela ocultação de um fato que pode constituir crime; por prejudicar as investigações da polícia; por ocultar da vítima todas as informações sobre o que tinha acontecido quando ela estava desacordada e por enviar ao país uma mensagem de permissividade diante da suspeita de estupro de uma pessoa vulnerável.<br /><br />Na representação, as entidades signatárias relacionam uma série de ações da emissora e da direção do BBB que teriam resultado nesses questionamentos. Entre elas, a edição da cena feita no programa de domingo e as declarações do direito geral Boninho e do apresentador Pedro Bial, que transformou uma suspeita de violência sexual em "caso de amor".<br /><br />"Tal postura da emissora não apenas viola a dignidade da participante como banaliza o tratamento de uma questão séria como a violência sexual, agredindo e ofendendo todas as mulheres", diz um trecho da representação.<br /><br />O documento também destaca que, pelo áudio da conversa da participante Monique com alguém da produção do programa, vazado na internet no dia 16, fica claro que ela, até aquele momento, não tinha assistido às cenas da madrugada do dia 15. E lembra que, somente no dia 17 de janeiro - portanto, mais de 48 horas depois do ocorrido - os envolvidos foram ouvidos pela polícia e possíveis provas do crime foram recolhidas. A emissora, assim, teria violado o direito da participante saber o que tinha se passado com ela enquanto estava desacordada e prejudicado as investigações da polícia.<br /><br />Por fim, as organizações do movimento feminista solicitam um direito de resposta coletivo em nome de todas as mulheres que se sentiram ofendidas, agredidas e que tiveram seus direitos violados por este comportamento da Rede Globo.<br /><br />Além da Rede Mulher e Mídia, estão entre as signatárias da representação a Marcha Mundial das Mulheres, Articulação de Mulheres Brasileiras, Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras, Liga Brasileira de Lésbicas, Blogueiras Feministas e Campanha pela Ética na TV, entre diversas outras organizações de mulheres de atuação estadual e local e entidades do movimento pela democratização da comunicação.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-23223964443885623332012-01-17T20:07:00.000-08:002012-01-17T20:13:13.859-08:00Vulva la Vida - Vida lá vou eu!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiles2ZB7Hzm5WnUYCVT39mGs2kWwI5DbxblexjmYMO6N38AV78J2StB6YUpLGjfeY1ecfYX89BxcHHgD7sSA-1qfnC45VoEZqKafPd6nqMNUSMyTQZHQL_abQ9b-bCx03xmLfrNgmuJl8/s1600/vulva_print_final_.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiles2ZB7Hzm5WnUYCVT39mGs2kWwI5DbxblexjmYMO6N38AV78J2StB6YUpLGjfeY1ecfYX89BxcHHgD7sSA-1qfnC45VoEZqKafPd6nqMNUSMyTQZHQL_abQ9b-bCx03xmLfrNgmuJl8/s320/vulva_print_final_.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5698819530406051762" /></a><br /><br />Por Mabel Dias<br /><br />Falta menos de uma semana para começar a segunda edição do Festival de Contra Cultura Feminista, Vulva La Vida, que vai revolucionar a capital baiana, Salvador.<br /> <br />De 24 a 29 de janeiro, mulheres de diversas partes do planeta estarão juntas participando de shows, debates, rodas de diálogo, oficinas e tantas outras atividades. O Vulva La Vida é um festival totalmente autônomo, independente, faça você mesma, como foi dito desde a convocatória que deu início a ele em 2011, e este tem sido o seu grande diferencial. Desta forma, as organizadoras do Vulva mostram que não é preciso ficar esperando por projetos de governo, empresas ou de Ongs para poder produzir algo, seja lá o que for. E o Vulva La Vida, sem maiores pretensões, está conseguindo aos poucos seus objetivos: reunir mulheres, garotas, meninas para poder discutir sobre feminismo, política e contra cultura, mostrando que é possível produzirmos algo quando queremos e de forma autogestionada.<br /><br />Da primeira edição do festival, surgiram muitas ideias, shows e até um documentário, que recebeu o título de ‘Vulva La Vida – Vida lá Vou eu’ (título que dá nome a este texto), muito bem produzido, com uma linda capa, desenhada pela anarcopunk Marina Chen, e com belos depoimentos das mulheres que fazem parte do Coletivo Vulva La Vida – formado a partir do primeiro festival, e tem servido de ótima divulgação para que este ano o número de participantes cresça avassaladoramente. Não é à toa que a maioria das oficinas, entre elas, ‘O Cabelo é feminista’, ‘A verdade crua do corpo nu’, e ‘Oficina de escrita feminista’ esgotaram suas inscrições em poucos dias depois de anunciada a programação.<br /><br />O Vulva La Vida é uma ótima surpresa para aquelas mulheres que estavam em busca de algo que envolvesse temas como estes que estão sendo discutidos no festival, e principalmente, pudessem ter a liberdade de se expressar como quisessem. Autonomia é essencial! Sem falar nos shows e performances que acontecerão durante o festival, feito por mulheres, onde podemos ficar a vontade, entre nós. E não é apenas porque mulheres estão fazendo, mas sim porque existe na essência do Vulva La Vida a horizontalidade, a solidariedade, o feminismo, e as quebras das relações de consumo e da estética. Outros importantes diferenciais. <br /><br />Participei da primeira edição do festival, que foi realizada em janeiro do ano passado, e agora me preparo para o segundo. Desta vez, vou realizar uma roda de diálogo sobre as mulheres anarquistas e as feministas autônomas. Além disto, vou poder (re) encontrar e conhecer amigas feministas de longa data; algumas que só me comunico via internet. Tenho certeza que este Vulva La Vida será mágica!<br /><br />De fato, havia uma carência de ações assim no Brasil, e em especial no nordeste. Me lembro que quando foi lançada a convocatória para a realização da primeira edição do Vulva La Vida havia o desejo (e acredito que ainda há) de que esta proposta se disseminasse por outras partes do país e do mundo. Porque não?! Se o Vulva La Vida já chegou a outros países, nada mais esperado que esta idéia se realize por todos os cantos do globo. <br /><br />É como diz o Coletivo Vulva La Vida: “mude o mundo, comece por você!” E a partir deste festival, nós mulheres vamos começar a mudar o mundo. E a nós mesmas!<br />Para saber mais sobre o Festival Feminista Vulva La Vida, acesse o blog: http://festivalvulvalavida.wordpress.com/programacao-2012/Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-87794934050221329282012-01-06T04:30:00.000-08:002012-01-06T04:37:09.128-08:00O que é isso, Presidenta?por Maria José Rosado, das Católicas pelo Direito de Decidir<br /> <br /><br />É costume dizer que no fim do ano não se deve comer peru ou qualquer outra ave que “cisque para trás”, pois significaria arriscar-se a viver todo o novo ano andando de marcha a ré.<br /><br />Neste final de 2011, enquanto no Uruguai, seguindo o que aconteceu no México e na Colômbia, o Senado aprova a descriminalização do aborto, no Brasil vivemos o retrocesso.<br /><br />Nesses países, como também na Argentina, amplas discussões na sociedade apontam na direção de mudanças legais que efetivem o respeito aos direitos humanos das mulheres. Em nosso país, uma Medida Provisória – instrumento herdado do autoritarismo da ditadura militar – decretada em momento oportuno para evitar o debate e a crítica, quer tornar compulsória a maternidade para as mulheres brasileiras.<br /><br />Nenhum artifício de retórica poderá convencer de que a Medida não diz o que efetivamente diz: Todas as gestantes brasileiras estarão sob a vigilância do Estado e das forças mais reacionárias da sociedade para impedir que a maternidade se realize em nosso país de forma digna do ser humano: como resultado de escolha e decisão pessoal.<br /><br />A MP assinada pela Presidenta implanta no Brasil a figura da maternidade constrangida. A criação de um cadastro nacional de gestantes havia já sido proposto por um ex-deputado que declarou alto e bom som seu objetivo: combater o aborto. Ora, o Brasil é signatário de documentos internacionais em que se comprometeu a respeitar os direitos das mulheres, especialmente em relação à sua capacidade reprodutiva.<br /><br />O que leva então o Governo, na figura de sua mais alta representante, a desrespeitar suas próprias decisões políticas? Estaremos diante de uma teocracia disfarçada? Foram públicas e explícitas as pressões de setores religiosos conservadores, contrários à vida das mulheres na última campanha eleitoral. Será então esse cadastro nacional parte do cumprimento de compromissos assumidos naquele momento com tais setores?<br /><br />Se assim é, repetimos a pergunta: O que é isso, Presidenta? Nossa Constituição, fruto de debate democrático, estabelece respeito às religiões, mas impede o Estado de guiar-se por princípios que impeçam a realização das liberdades individuais, inclusive a de não professar qualquer crença. Não se pode impor doutrinas e valores particulares de grupos religiosos a toda a sociedade. É vergonhoso que, na América Latina, seja o Brasil o país do retrocesso em relação à vida das mulheres, aos seus direitos e à possibilidade da realização livre e desejada da maternidade.<br /><br />Maria José Rosado é presidenta ONG Católicas pelo Direito de DecidirMabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-69434010299855136472011-12-31T12:03:00.000-08:002011-12-31T12:08:48.612-08:00As cenas chocantes do Jornalismo PeríciaAcompanhar os portais da Paraíba tem sido uma tarefa difícil para aqueles que têm o estômago e coração fracos. Matérias recentes de conteúdo e imagens chocantes evidenciam a falta de bom senso de um jornalismo que, pelo que se ver, topa tudo para ampliar os números de acessos ao seu endereço.<br /><br />Os exemplos desta “modalidade” jornalística são tantos, mas talvez ainda seja necessário um grande artigo científico para descrevê-la. No tal do Jornalismo Perícia é quase impossível saber se as imagens que “ilustram” a notícia foram tiradas pelo perito criminal, e irão compor o processo de investigação, ou pelo repórter fotográfico contratado pelo veículo de comunicação, para “bem informar” o internauta. O que faz com que este “tipo” de jornalismo esteja um nível maior (ou não seria menor?) do espreme que sai sangue sensacionalista. Não basta apenas noticiar um assassinato é preciso expor o sangue, o buraco do tiro, os olhos semiabertos de um corpo ainda quente.<br /><br />O fato de a imprensa paraibana estar sendo o vetor deste conteúdo grotesco está fundamentado, obviamente, em uma noção equivocada do que é bem informar e estar bem informado. Dessa forma, tanto o jornalista quanto o espectador estão envolvidos no equívoco. Porém não se trata apenas de uma concepção errada da boa informação, neste caso estamos falando também da exploração comercial dos crimes que vitimaram sujeitos, geralmente do sexo masculino, pobres e negros, apresentada como a exposição dos fatos de um jornalismo que não esconde a verdade do povo.<br /><br />É assustador perceber que grandes veículos de comunicação, como o Sistema Correio, criaram uma verdadeira fábrica ( falamos de uma rotina produtiva que relaciona uma rede de informantes e também de autoridades) para explorar estes acontecimentos, e que a exploração comercial deste conteúdo é tamanha que pipocam blogs e portais especializados no Estado. Se na tevê, as emissoras têm o dever de esfumaçar a imagem para poupar o telespectador da cena, na internet os portais abusam da tag “FOTOS CHOCANTES” para veicular este tipo de conteúdo tranquilamente. A justificativa é de que na rede mundial de computadores a imagem só invadirá sua casa se você quiser. Contudo, os motivos para se preocupar com esta forte evidência de banalização da vida são muitos.<br /><br />O primeiro deles é de que a justiça não assusta mais. A TV Correio filiada a Rede Record, por exemplo, recebeu uma ação que a multa em 5 milhões de reais e ameaça a legitimidade de sua concessão em outubro de 2011, por ter veiculado na integra cenas de um estupro de uma adolescente. De lá para cá, pouca coisa mudou. O portal da empresa é um dos principais adeptos da prática do Jornalismo Perícia. No dia 29 de dezembro de 2011, às 9h54, o Portal veiculou as imagens de um bebê morto asfixiado e enterrado em uma cova rasa. A criança, que não era desejada pela mãe, foi encontrada depois que cachorros desenterraram o corpo. Embora a notícia seja chocante por si só, não é suficiente relatar o caso, a redação disponibilizou as imagens do crime. Voltando um pouco no tempo, no dia 26 de outubro, o mesmo portal mostrou os pedaços do corpo de detento assassinado e esquartejado no presídio. O leitor pôde ver suas vísceras, sua cabeça e suas pernas e braços expostas em fotografias, provavelmente tiradas por um fotografo amador.<br /><br />Os corpos expostos são de vítimas cujas famílias poucos recursos terão para defender sua imagem. “A infelicidade de um crime não torna o corpo da vítima objeto do domínio público para que os réus dele possam servir-se com fins lucrativos”. A frase dita por Duciran Farena, Procurador que subscreveu a ação contra o Sistema Correio, é fundamental para refletirmos sobre o desrespeito dos veículos para com as vítimas expostas. Na sua grande maioria, se tratam de vítimas pobres e cujos familiares poucos recursos terão para defendê-las, caso o costumeiro julgamento antecipado esteja equivocado ou mesmo a exposição da imagem do familiar naquela situação incomode.<br /><br />Além do julgamento precipitado do tribunal da mídia daqueles que são enquadrados pela polícia por algum conflito com a lei e ainda estão vivos para se defender (mesmo que seja em vão), a Mídia não tem poupado julgamentos daqueles que só por estarem mortos já são vítimas sendo criminosos ou não. O Portal MaisPB expôs, no dia 26 de dezembro, às 13h42, as imagens do ex-presidiário e morador de rua conhecido como neguinho, executado a tiros, possivelmente por ter envolvimento no roubo de computadores da Casa da Cidadania localizada próximo ao Centro Histórico de João Pessoa. A chamada da matéria é sarcástica: “FALTA DE SORTE” – Imagens fortes – ladrão tenta fugir após roubo e cai de prédio em João Pessoa.<br /><br />É interessante pontuar que esta abordagem raríssimas vezes é aplicada em caso nos quais as vítimas tenham poder aquisitivo maior. A imprensa insiste em tratar corpos de homens e mulheres da periferia, excluídos, negros, “das classes perigosas” como objetos do domínio público do qual o jornalismo pode usufruir, simplesmente pelo fato de que estas vítimas provavelmente não terão como processá-los. Melhor pensar que seja por isso mesmo. Imagine se a real justificativa seja motivada pela perspectiva de que por serem pobres e possivelmente delinquentes é natural que devam morrer?<br /><br />Além disso, cabe resguardar o papel da polícia neste contexto. É ela quem permite, apresenta as vítimas e os detidos e é ela a voz de autoridade para observar os fatos. A imprensa finge não saber e compactua com o esquema. A polícia para mostrar serviço para a população apresenta os “delinquentes” pobres e a imprensa do espreme que sai sangue agradece pela garantia do seu pão de cada dia sem questionar a ação da polícia e as políticas de segurança pública e mesmo sem investigar profundamente esta realidade. Sem dúvidas, é preciso destacar que não é a mídia responsável pela violência, pelos crimes. E sim o sistema social e econômico em que vivemos. Mas é ela o principal instrumento para nos fazer acreditar que a paz social será resultado de uma mera investigação criminal.<br /><br />Fragilidade para agir contra esta abordagem. Não há nenhuma ferramenta pública onde se registre a produção da mídia no Brasil. Muito embora a tevê desempenhe papel central na história do nosso país, ainda não há nenhum mecanismo de registro do material veiculado que seja de domínio público. O que faz com que o acesso ao material produzido seja atravessado pelos interesses das empresas que só disponibilizam o material se quiserem, tendo possibilidades de alterá-lo, inclusive. O que torna frágil os mecanismos de controle e de cobranças de direitos do telespectador e de resposta. Na internet, a situação é diferente, mas ainda sim é preocupante, já que as informações podem ser apagadas se a administração do portal achar conveniente. Porém a fragilidade para questionar esta abordagem não é grande somente por que podemos não ter as gravações daquilo que assistimos, mas também por que já nos acostumamos de que é assim mesmo e pronto.<br /><br />A quem devo recorrer se me sentir prejudicado pela exposição de um parente assassinado? A empresa de comunicação vai sugerir que você mude de canal, não acompanhe mais o portal, não compre o jornal. Será esta a democracia da mídia!?<br /><br />O que torna ainda mais frágil a capacidade de intervir contra é que há uma estrutura econômica e política que sustenta este tipo de jornalismo. Existe audiência e há uma rotina que permite que este conteúdo possa ser capturado, não se trata aqui de censurar o acesso ao espaço do crime, mas preservar, por uma questão de respeito até, a cena, o morto, o desespero da família. Estranho pensar que existem anunciantes que topem apoiar este tipo de conteúdo em tempos em que estar bem no mercado rima com a tal da responsabilidade social.<br /><br />Nas escolas de comunicação, muitos têm os jornalistas que adotam esta abordagem como os seus favoritos. A formação do comunicador, e digo por seu uma, não é suficientemente crítica com esta realidade. Investe-se cada vez mais nesta abordagem inclusive dentro da sala de aula. Quem estudou Comunicação e não ouviu algum professor dizer que “é assim mesmo! É disso que o povo gosta”? Por isso, não adianta apontar a existência desta abordagem como resultado do período de não obrigatoriedade do diploma. O Jornal Já, por exemplo, é editado por profissionais competentes e formados e é aquilo que é.<br /><br />É preciso investir em espaços de leitura crítica da mídia em todo o sistema educacional do Brasil e também no processo de formação do comunicador. Compreender que a análise dos nossos meios de comunicação também é a análise da nossa sociedade. Criticar, autocriticar-se deve ser um processo permanente para a melhoria da nossa atuação, jornalistas. A naturalização da exposição e do direito de explorar comercialmente estas imagens é sintoma de um fenômeno social preocupante do qual precisamos refletir, editores, empresários, internautas e toda a sociedade.<br /><br />Janaine Aires é jornalista, membro do Coletivo COMjunto de Comunicadores Sociais e do Observatório da Mídia Paraibana.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-2994611183027906492011-12-13T10:56:00.000-08:002011-12-13T11:00:53.805-08:00O papel da mídia na denúncia de maus tratos a animais<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjApxoT103XXjnI0KsbDoT_gRU0-8Cqp8otNAfDfKIgTO50fVk8Dlzh61PlCgPeYrjSyiyIlhDlU9itU0bMs4SL8b_TJ0YrmFbCwXyGuRJtEge_1xzEIuh1ShmAVzVqpySdxh-wTtdUURc/s1600/lino_2.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjApxoT103XXjnI0KsbDoT_gRU0-8Cqp8otNAfDfKIgTO50fVk8Dlzh61PlCgPeYrjSyiyIlhDlU9itU0bMs4SL8b_TJ0YrmFbCwXyGuRJtEge_1xzEIuh1ShmAVzVqpySdxh-wTtdUURc/s320/lino_2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5685689694817587170" /></a> FOTO POR INAÊ TELES - PORTAL G1 PARAÍBA<br /><br /><br />Por Mabel Dias<br /><br />Nas últimas semanas, me deparei nas redes sociais e na mídia com várias notícias de maus tratos a animais pelo Brasil. Faz um bom tempo que assistindo um destes programas matinais, sou despertada com a informação de que “um ser humano” jogou pelo carro, em um viaduto, na cidade do Rio de Janeiro, dois cachorros. A sorte destes animalzinhos, é que em outro carro que vinha atrás deste, havia uma garota protetora de animais que acolheu os bichinhos. Os dois foram adotados.<br />Na mesma semana, Cláudio César Messias, arrastou seu cachorro, um rotwelleir, chamado Lobo, pelas ruas de Piracicaba, interior de São Paulo. Ele amarrou o indefeso animal na traseira de uma picape, com uma corda, e o arrastou por aproximadamente 1 km, e ainda deu ré com o carro para passar com as rodas em cima do cão!!!<br />À polícia, Cláudio César disse que transportava o animal na caçamba do veículo e que tudo não passou de um acidente. Porém, duas testemunhas contaram à polícia que Messias disse que queria matá-lo. Infelizmente, poucos dias depois do ocorrido, Lobo veio a falecer devido a complicações em seu quadro clínico.<br /><br />Como se não bastasse estas duas barbaridades, em João Pessoa, um funcionário público saiu arrastando um cachorro pelas ruas de Jaguaribe, e ainda tinha colocado um saco plástico encobrindo a cabeça do animal. Por sorte, um rapaz que passava no local gravou a cena e postou na internet, sendo veiculada logo em seguida em um telejornal local. O caso ganhou grande repercussão, sendo inclusive transmitido pelo Jornal Nacional. O cãozinho, que recebeu o nome de Lino,(foto) foi levado por protetoras dos direitos dos animais para uma clínica veterinária, recebeu todos os cuidados de que precisava e hoje foi adotado por uma senhora.<br /><br />Mas a violência contra os animais não para por aí. Na cidade de Guarulhos, também em São Paulo, no último domingo, 11, outro cachorro foi arrastado por um carro por cerca de 500 metros. Pessoas que viram a cena avisaram a polícia que conseguiu resgatar o cachorro, que recebeu o nome de George, em homenagem a George Harrison, dos Beatles. <br /><br />Infelizmente, fatos como este não são raros. A questão é que esta violência contra os animais acontece diariamente, seja nas ruas ou dentro de casa mesmo, provocada pelos próprios/as donas/os dos animais. E não são apenas cachorros que a sofrem. Gatos, pássaros, hâmsters, e outros bichos estão expostos a ela. O tráfico de animais também é algo corriqueiro. <br /><br />Nestes casos que relatei acima a mídia e as redes sociais exerceram um papel muito importante ao noticiar amplamente o que “estes seres humanos” fizeram. A legislação de proteção aos animais é muito branda e prevê apenas o pagamento de uma multa de R$ 1.500 reais para estes crimes, e o agressor fica solto. Foi o que aconteceu com este caso de Guarulhos. Logo após a morte de Lobo, alguns ativistas, publicaram um abaixo assinado na internet para exigir que a punição para quem violenta ou mata animais seja mais rígida. Além destas violências diretas, existem aquelas em que o cachorro que machuque alguma pessoa seja sacrificado (morto) por causa disto. Na maioria destes casos, a responsabilidade é do dono/a do animal, pois eles são treinados/as para ser agressivos e por isto acabam atacando as pessoas. Mas quem paga a pena, e com a vida, são os animais. O abaixo assinado pedindo o fim da impunidade para quem agride animais ainda está on line neste endereço: http://peticaopublica.com.br/?pi=P2011N16665<br /><br />É um gesto simples, mas que pode fazer diferença. Ainda bem que do outro lado de tanta barbárie, existem grupos e pessoas que amam os animais e os defendem de qualquer maldade. E assim, vão proporcionando alegrias a eles e a outros SERES HUMANOS.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7749735003484029570.post-56495725961541998312011-11-14T05:53:00.000-08:002011-11-14T06:23:33.613-08:00Mídia: fiscalização ou poder paralelo?Por Venício A. de Lima, na revista Teoria e Debate:<br /><br /><br />No clássico Four Theories of the Press, de Siebert, Peterson e Schramm – uma das consequências indiretas do longo trabalho da Hutchins Commission, originalmente publicado no auge da Guerra Fria (University of Illinois Press, 1956) –, uma das funções descritas para a imprensa na chamada “teoria libertária” era exercer o papel de “sentinela” da liberdade.<br /><br />Em outro livro, também clássico, que teve uma pouco conhecida tradução brasileira (Os Meios de Comunicação e a Sociedade Moderna, Edições GRD, 1966), Peterson, Jensen e Rivers assim descrevem a função:<br /><br /><br /><br />Os libertários geralmente consideravam o governo como o inimigo mais temível e tradicional da liberdade; e, mesmo nas sociedades democráticas, os que exercem funções governamentais poderiam usar caprichosa e perigosamente o poder. Portanto, os libertários atribuíam à imprensa a tarefa de inspecionar constantemente o governo, de fazer o papel da sentinela, chamando a atenção do público sempre que as liberdades pessoais estivessem perigando (p. 151-152).<br /><br />Nos Estados Unidos, a teoria libertária foi substituída pela teoria da responsabilidade social, mas o papel de fiscalização sobre o governo permaneceu, lá e cá, geralmente aceito como uma das funções fundamentais da imprensa nas democracias liberais representativas.<br /><br />Jornalismo investigativo<br /><br />O chamado “jornalismo investigativo”, que surge simultaneamente ao “ethos” profissional que atribui aos jornalistas a “missão” de fiscalizar os governos e denunciar publicamente seus desvios, deriva do papel de “sentinela” e é por ele justificado. A revelação de segredos ocultos do poder público passou a ser vista como uma forma de exercer a missão de guardião do interesse público e a publicação de escândalos tornou-se uma prática que reforça e realimenta a imagem que os jornalistas construíram de si mesmos.<br /><br />Com o tempo, a mídia passou a disputar diretamente a legitimidade da representação do interesse público, tanto em relação ao papel da Justiça – investigar, denunciar, julgar e condenar – como em relação à política institucionalizada de expressão da “opinião pública” pelos políticos profissionais eleitos e com cargo nos executivos e nos parlamentos. Tudo isso acompanhado de uma permanente desqualificação da Política (com P maiúsculo) e dos políticos.<br /><br />Na nossa história política há casos bem documentados nos quais a grande mídia reivindica para si esses papéis. O melhor exemplo talvez seja o da chamada “rede da democracia” que antecedeu ao golpe de 1964 e está descrita detalhadamente no livro de Aloysio Castelo de Carvalho, A Rede da Democracia – O Globo, O Jornal e o Jornal do Brasil na Queda do Governo Goulart (1961-64); NitPress/Editora UFF, 2010.<br /><br />Mais recentemente, a presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ) declarou publicamente:<br /><br />A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo, de fato, a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo" (“Ações contra tentativa de cercear a imprensa”, O Globo, 19/3/2010, pág. 10).<br /><br />Poder paralelo<br /><br />Como chamou a atenção o governador Tarso Genro, na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em outubro passado:<br /><br />Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las (...) atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos (...) fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente (http://sul21.com.br/jornal/2011/10/grande-midia-quer-instituir-justica-p...).<br /><br />Será que estamos a assistir no Brasil à comprovação prática da afirmação de Paul Virilio: “A mídia é o único poder que tem a prerrogativa de editar suas próprias leis, ao mesmo tempo em que sustenta a pretensão de não se submeter a nenhuma outra”? A resposta a essa questão deve ser dada pela própria Justiça e pelas instituições políticas. A ver.Mabel Diashttp://www.blogger.com/profile/01173626235390466591noreply@blogger.com0